A leitura proporciona infinitas possibilidades para variados gostos e idades. Emilly Alves, 13 anos, é amazonense e atualmente mora em Campo Maior, no Piauí. A estudante de escola pública e consumidora ávida de literatura tem inspirado e incentivado internautas a ingressar no mundo da leitura.
Ela compartilha partes dos livros que já leu na página do Instagram intitulada ‘Diário Literário da Emilly’, que apresenta e estimula o contato com os livros. Com uma visão crítica sobre a importância da leitura no processo de aprendizagem, a jovem mostra que tem muito a ensinar.
"Tenho amado ter ampliado meu diário literário para uma página que tem por objetivo incentivar outras pessoas. Corremos o risco da leitura se consagrar em somente decodificar letras e, para mim, a leitura é compreender, mergulhar nos escritos e viver várias vidas", disse Emilly.
Esse projeto começou após Jéssica Alves, mãe da adolescente, apresentar à filha um modo de registrar partes dos livros que já havia lido em um caderno.
Por questões financeiras, Emilly sempre contou com livros emprestados por amigos e familiares. Para que as histórias não fossem levadas no momento da devolução, escrever sobre elas surgiu como uma ideia de agregar ainda mais os conteúdos.
Em meio à pandemia, que restringiu o acesso de Emilly à escola, Jéssica destaca que tem sido importante o vínculo com outros leitores.
"A página surgiu há duas semanas e o retorno que ela está recebendo é muito importante. A maior parte dos seguidores são professores e pessoas apaixonadas pela leitura que podem trazer uma troca de conhecimentos muito grande pra ela", destaca.
A página tem mais de 500 seguidores no Instagram e apresenta um prazeroso engajamento entre os internautas. Todos os livros ganham uma caprichada foto e uma resenha para informar e incentivar o contato com livros da melhor forma possível. Com o "Diário Literário de Emilly”, a jovem já contou com o apoio de livrarias e escritores piauienses. Além disso, a adolescente apresenta a inclusão, oferecendo vídeos em libras para proporcionar uma maior troca de conhecimentos.
"Na leitura você pode ser um mocinho, um herói, vilão e conhecer lugares sentado no sofá. Temos que incentivar esse instrumento libertador. O meu sonho é incluir ao máximo todos os grupos e trocar minha visão de mundo com os outras pessoas", destaca.