O atacante Adriano está na 16ª DP (Barra da Tijuca), no Rio de Janeiro, para a acareação com Adriene Cyrilo, que foi atingida por um tiro na mão dentro do carro do jogador do Corinthians, na madrugada de sábado. A estudante, de 20 anos, recebeu alta do hospital Barra D"Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no início da tarde desta quarta-feira após passar por uma operação, que durou cerca de 8h. A acareação começará em instantes.
Acompanhada por uma mulher, que seria sua advogada, Adriene foi a primeira a chegar à 16ª DP (Barra da Tijuca) para prestar depoimento acompanhada por dois inspetores da polícia. Adriano chegou cerca de 1h depois ao local. Das seis pessoas ouvidas até o momento pela polícia, Adriene é a única que diz que o jogador estava no banco de trás do carro, de onde partiu o tiro.
O advogado de Adriano, Ivan Santiago, o PM reformado Júlio César Barros, proprietário da arma que dirigia o veículo no momento do disparo, e Viviane Faria, outra mulher que também estava no carro, também já estão na 16ª DP. O atacante do Corinthians chegou pouco antes de 15h30m.
A operadora de telemarketing Andreia Ximenes, que também estava no carro de Adriano no momento do tiro, também está na delegacia para prestar um novo depoimento. Na entrada, ela falou rapidamente com os jornalistas.
- Acho que vai ficar provado que o Adriano é inocente - disse Andreia Ximenes.
Em depoimento na segunda-feira, Adriano contou que estava no banco do carona dianteiro. No domingo (25), o delegado afirmou que, de acordo com os primeiros dados da perícia, o tiro que atingiu a mão da estudante partiu do banco de trás. No primeiro depoimento, Adriene contou à polícia que o atacante do Corinthians disparou acidentalmente ao manusear a arma.
Um funcionário da casa de shows de onde Adriano e o grupo saíram quando houve o disparo, já ouvido informalmente, também irá à delegacia prestar depoimento.
Adriano prestou depoimento na 16ª DP, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no fim da tarde de segunda-feira. O jogador do Corinthians confirmou sua versão de que não foi o autor do disparo e que os exames para detectar a presença de pólvora na mão vão confirmar que ele está dizendo a verdade.
- A arma estava entre os bancos. Ela pegou e disparou acidentalmente. Depois do barulho, nos abaixamos. No momento, ela não sentiu nada. Mas com certeza pegou a arma. Os exames vão sair, e será comprovado que não estou mentindo. Cabe a vocês acreditarem ou não. Quando as coisas acontecem com o Adriano, a repercussão é sempre maior - disse.
Adriano ficou duas horas e 15 minutos após a sua chegada, e afirmou que o depoimento "foi tranquilo". Contou que no sábado foi a primeira vez que viu Adriene Cyrillo Pinto, apresentada a ele por um amigo que estava em uma casa noturna. E afirmou que não vai mais pagar pelo tratamento da jovem, que levou um tiro acidental na mão esquerda no carro do atacante:
- Conheci ela a partir de um amigo que estava na boate. Foi a primeira vez que a vi. O que ela está fazendo não é justo, não tem caráter. Eu ia ajudar, visitar e pagar o tratamento, mas não farei mais. Não tem cabimento fazer isso para uma pessoa que está fazendo isso comigo. Tirei até a minha camisa para ajudá-la. Sou uma pessoa pública, fiquei preocupado com ela e com minha imagem. Mas não vou tentar prejudicá-la, espero que se recupere.