Na tarde do último domingo (13), uma advogada de 48 anos, identificada como Cristiane Castrillon da Fonseca foi encontrada morta dentro de seu próprio carro, na cidade de Cuiabá, Mato Grosso. A advogada estava com diversas marcas de espancamento pelo corpo. O suspeito levado pela polícia é um homem, que não teve sua identidade revelada, mas que teria saído com Cristiane algumas horas.
De acordo com depoimentos cedidos pela investigação do caso, Cristiane teria se reunido com seus familiares mais ou menos até as 22h de sábado (12). Após sair da residência, a mulher teria ido a um bar localizado próximo a Arena Pantanal, onde foi vista pela última vez saindo do estabelecimento acompanhada por um homem desconhecido que, de acordo com testemunhas, ela havia acabado de conhecer.
Segundo relatos, Cristiane foi avistada saindo do local com o homem e então desde este dia, a mulher nunca mais retornou para casa. O corpo de Cristiane foi encontrado por seu irmão, o carro dela estava estacionado no Parque das Águas, um parque ambiental da cidade. A família relata que ao sentirem falta da advogada, imediatamente buscaram encontrar a mulher através de um aplicativo de celular, que acabou levando o irmão da mesma até sua localização.
O irmão de Cristiane conta que ainda chegou a levá-la ao hospital, porém ao chegar lá, a mulher já estava morta a algum tempo. A polícia, responsável por realizar a investigação do assassinato de Cristiane fez várias diligências e se dirigiram até o local no qual Cristiane foi vista pela última vez com vida, levando a equipe até uma casa localizada no bairro Santa Amália.
De acordo com filmagens das câmeras de segurança da rua, o carro da mulher foi visto saindo da casa com o suspeito conduzindo o volante. Acredita-se que a residência seja do suspeito, que foi preso em flagrante na manhã desta segunda-feira (14), pelo crime de feminicídio, além de prestar um depoimento à polícia na manhã de hoje.
A Polícia Civil explica que, em seu depoimento, o acusado conta que chegou a ter relações com a vítima, mas que, logo em seguida, se recusou a relatar às autoridades o que ocorreu após Cristiane chegar em sua casa. “Foi um crime bárbaro que ficou caracterizado pelo feminicídio praticado em razão do gênero da vítima, sendo a vítima espancada e asfixiada até a morte pelo fato de ser mulher”, afirma o delegado da DHPP de Cuiabá, Marcel Oliveira.
A identidade do homem preso, acusado de assassinar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca, ainda não foi divulgada pelas autoridades. Em uma nota publicada, a Seccional do Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), lamentou a morte da advogada, e prestou condolências aos familiares da vítima.
“A OAB-MT requer uma resposta célere para mais esta morte violenta. Neste momento de dor e tristeza, a Ordem dos Advogados manifesta extremo pesar e estende condolências a todos os familiares e amigos da vítima”, afirma instituição, em nota.