Aeroporto faz simulação de acidente aéreo

Na atividade, chamada de Exeac, o cenário considerado reproduziu um acidente com aeronave de porte médio.

Aeroporto faz simulação de acidente aéreo com vítimas | Moisés Saba/Meio Norte
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Labaredas muito altas e uma coluna de fumaça escura elevando-se rapidamente no céu. Ambulâncias, caminhões dos bombeiros e viaturas diversas. Vítimas feridas no chão. O cenário é de guerra, mas tudo não passa de um treinamento realizado ontem (31) pela Infraero no Aeroporto Senador Petrônio Portella, em Teresina. A ação, realizada anualmente, faz parte das atividades de prevenção a acidentes aéreos, e também serve para formar membros do Corpo de Voluntários de Emergência (CVE).

Na atividade, chamada de Exercício de Emergência Aeronáutica Completo (Exeac), o cenário considerado reproduziu um acidente com uma aeronave de porte médio, Boeing 737-300, com 20 ocupantes, sendo dois tripulantes e 18 passageiros. A simulação, realizada nas proximidades da cabeceira 02, considerou uma situação de aterrissagem com problemas no trem de pouso, após o comandante ter relatado que o mesmo não baixou e travou, optando por declarar situação de socorro para acidente inevitável.

Para simular o incêndio decorrente do desastre, foram inflamados 1.500 litros de combustível. As chamas foram apagadas pelos bombeiros da seção contra incêndio do aeroporto. Toda a operação de resgate de feridos e mortos foi treinada com detalhes pelos 64 voluntários (?cveanos?). Lonas de diferentes cores foram usadas para agrupar as vítimas em um trabalho de triagem, e facilitar o atendimento: na lona vermelha, foram colocados os casos de maior gravidade. Na amarela, os casos intermediários e, na verde, as vítimas menos graves. Uma lona preta foi usada para a colocação das vítimas fatais.

O exercício verificou os detalhes de um eventual acionamento do Plano de Emergência do Aeroporto (PLEM). Além da Infraero, participaram as empresas aéreas, empresas auxiliares de transporte aéreo, táxis aéreos, empresas de abastecimento, concessionários do aeroporto e órgãos externos, como o 2º BEC (que trabalhou no isolamento da área), 25º BC, SAMU, Polícia Militar, Strans, Ciptran, Polícia Rodoviária Federal, Bombeiros Urbanos, entre outros.

O transporte de vítimas para o Hospital de Urgências de Teresina (HUT) e para o Hospital da Polícia Militar (HPM) também foi incluído no treinamento. Outras duas unidades (HTI e HCT) também foram parceiras no treinamento.

O gerente de navegação aérea do aeroporto, Antônio Everton, já esteve à frente deste treinamento diversas vezes. ?Vale lembrar que esse procedimento é realizado anualmente, tanto para formar os novos voluntários do CVE quanto para atualizar os que já fizeram o curso. Todos os que participaram deste treinamento ficaram pelo menos uma semana em sala de aula aprendendo os aspectos relativos a uma situação de emergência. Esse é um conhecimento que se carrega para a vida toda?, lembrou ele.

Fotos: Moisés Saba

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