Um dos aspectos levados em consideração pela Otan é que a Rússia é quem exporta gás natural para a Europa Ocidental. A partir do momento que algum país tentar frear a capacidade russa de exportar gás e petróleo, vai impactar diretamente em países como Alemanha, França e Itália, que dependem do recurso para aquecer lares.
“É um bem que a própria Alemanha se coloca contra a Rússia, mas na hora que você fala sobre sanções ela fala ‘opa, peraí’, talvez a gente tenha que pensar de outra forma. Nesse sentido, Vladimir Putin tem uma posição relativamente confortável”, analisa Tanguy Baghdadi, professor de relações internacionais.
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Para especialistas, as sanções econômicas impostas contra a Rússia diante da invasão ao território ucraniano ainda são poucos efetivas para deter ou frear Vladimir Putin.
Essas medidas já foram tomadas contra outros países, e não fizeram com que eles colapsassem. Cuba, Venezuela, Coreia do Norte, Irã, Síria e Líbia são alguns exemplos de governos que foram alvo e nunca quebraram.
“Sanções econômicas pode gerar sanções populares, mas a história mostra que sanções populares não derrubam governos. O governo Saddam-Husseim foi sancionado, embargado, e só caiu quando houve uma invasão e ele foi capturado”, observou Tanguy Baghdadi, professor de relações internacionais.
Hoje, a Rússia tem pelo menos US$ 600 bilhões em reservas internacionais, assim como reservas em ouro também. Ela também fechou um acordo bilionário de fornecimento de gás para a China.