Hoje, os agentes têm apenas o poder de polícia administrativa, ou seja, podem multar, mas não têm o direito de abordar motoristas e pedir seus documentos. Os agentes torcem pela regulamentação da emenda constitucional, pois, além de ampliar o seu poder, a permissão para o uso de armas é uma forma de aumentar a segurança desses profissionais nas ruas. Hoje esses agentes são comumente agredidos verbal e até fisicamente por motoristas em Teresina.
O agente de trânsito Raimundo Nonato afirma que essas agressões existem e concorda que o uso de armas pelos agentes pode coibi-las. “Essas agressões acontecem porque ninguém quer ser autuado, mas nós só fazemos autuações quando esses condutores transgridem a lei. O uso de armas não vai acabar com essas agressões, mas com certeza vai diminuir”, disse. A utilização de arma está condicionada a treinamento policial do agente, mecanismos de fiscalização e de controle interno.
O diretor de Operações e Fiscalização da Strans, coronel Jaime Oliveira, afirma que essa violência sofrida pelos agentes de Teresina é registrada em cidades de todo o Brasil. “Infelizmente essa é uma realidade a qual todos os agentes de trânsito estão sujeitos. O uso de arma irá ajudar a diminuir essas agressões, pois ela inibe os agressores, mas antes que esses agentes passem a portar arma, muita coisa ainda precisa ser regulamentada, como o seu fornecimento, o curso de preparação dos profissionais, dentre várias outras questões”, disse.
Já em relação à realização de Blitzen pelos agentes, antes mesmo que a emenda seja regulamentada, a Strans já passou a realizá-las em Teresina. Isso está sendo possível devido a um convênio da Polícia Militar com a Superintendência. “Nossos agentes não podem parar um carro para pedir documentos, realizar fiscalização, pois não temos poder para isso. Mas agora já estamos fazendo isso, assim como o Detran, através de convênio com a PM”, explicou o coronel.
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