A Delegacia de Campo Maior, assim como outras unidades da Polícia Civil, tem sido prejudicada com a recusa da SEJUS em receber presos da Justiça. Atualmente a carceragem da Delegacia de Campo Maior conta com 12 presos, todos com decisão do Poder Judiciário determinando seu recambiamento para unidades do sistema prisional.
Utilizando-se um dos azulejos da estrutura de banheiro da cela, os presos estavam cavando um buraco na parede. Com a análise de comportamento dos presos e posterior vistoria a equipe conseguiu evitar a fuga.
A superlotação e as péssimas condições da carceragem ja levaram a duas fugas concretizadas esse ano. Dos três presos que fugiram, dois já foram recapturados pela própria equipe de investigação de Campo Maior.
Para o delegado Anchieta Nery, a permanência de presos nas delegacias é inadequada porque afasta os Agentes da sua missão primordial que é estar nas ruas investigando. Além do que viola direitos humanos dos presos uma vez que as delegacias não têm estrutura para oferecer banho de sol, visitas, atividade laboral. Esta situação será mais uma vez formalmente noticiada ao Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Secretário de Justiça, para que adotem providencias no âmbito de suas responsabilidades.
NOTA SEJUS
A Diretoria da Unidade de Administração Penitenciária (DUAP) informou que a delegacia de polícia de Campo Maior conta com duas celas e 12 presos. Desses presos, três já foram transferidos para a Casa de Custódia de Teresina e, até esta quinta (6), mais quatro serão transferidos para o sistema penitenciário. A DUAP também já transferiu para a Penitenciária Feminina de Teresina uma mulher que estava presa na delegacia.