Confirmado no cargo pela Assembleia, o presidente da Agespisa, Raimundo Trigo, revelou em entrevista ao Jornal Meio Norte as ações tomadas pela atual gestão frente à companhia de abastecimento para reduzir o déficit e consequentemente melhorar a situação financeira, provocada principalmente pelos altos índices sacramentados com pessoal na folha de pagamento, cerca de 65%, neste âmbito, o gestor apontou para a redução de aproximadamente 150 terceirizados do quadro atual, vislumbrando ainda outras medidas, como a diminuição no aluguel de veículos.
“Hoje a situação está sob controle, mas ainda há alguns gargalos, desde que assumimos tomamos algumas ações visando a redução de custos, o aumento da receita, diminuição de perdas e regularização das obras contratadas”, disse.
O controle não abarca apenas os contratos terceirizados, o presidente versou sobre a condução eficaz da Secretaria de Governo na negociação dos débitos dos municípios piauienses, orquestrando para o trabalho conjunto em prol da melhoria na qualidade dos serviços. “Cerca de R$ 12 milhões de débitos atrasados de órgãos públicos foram resolvidos pela Segov, temos feito um esforço gigantesco neste sentido, também com a intensificação nas cobranças”, afirmou.
Com concessão em 158 municípios, Trigo garante que a Agespisa não deixará a população desamparada, o compromisso abrange ainda melhorias no esgotamento sanitário, em Teresina, por exemplo, a meta é chegar a 50% de cobertura com a ampliação da rede, iniciada na zona Sul, abarcando a implantação de 102 mil ligações. A obra, contudo, está parada por questões judiciais, os esforços do Governo e da Companhia estão, agora, na resolução desses empecilhos. “É um projeto apoiado pelo Ministério das Cidades e com ele conseguiremos passar de 17% para 50% na capital, o Governo do Estado já concordou com o aparte financeiro da obra, essa questão ainda não foi resolvida em função da judicialização, mas estamos trabalhando nisso”, enfatizou.
Sobre a possibilidade da Agespisa se tornar uma autarquia ou instituto, Trigo nega que haja qualquer definição, dialogando sobre a contratação de uma consultoria que indicará o melhor caminho a ser tomado pelo órgão.