"A Agespisa é uma bomba-relógio", afirmou o vereador professor Paulo Roberto. Preocupado com os recentes casos de falta d"água em Teresina, Paulo Roberto falou ao meionorte.com sobre o que apurou sobre a empresa de fornecimento de água da capital, e a realidade é preocupante. Segundo ele, a dívida da Agespisa pode somar R$ 1 bilhão, além de outras questões que, para ele, são insustentáveis.
O projeto hídrico de Teresina, segundo o vereador, data da época da criação do bairro Dirceu Arcoverde, algo em torno de 30 anos. "Naquela época, a cidade tinha 400 mil habitantes. Hoje, tem mais de 800 mil", lembrou Paulo Roberto. O sistema sobrecarregado conta apenas com um transformador, para alimentar as três ETA (Estação de Tratamento de Água). Transformador este que está aqui emprestado.Um novo transformador foi pedido há mais de cinco meses, e ainda não foi entregue em Teresina.
Segundo ele, se este transformador apresentar problemas, o fornecimento de água de toda a capital estará prejudicado, e por um período ainda maior do que nos últimos casos. Paulo Roberto disse que o ideal era que cada ETA tivesse seu próprio transformador, para o caso de algum deles quebrar.
O vereador relatou que, quando técnicos da Eletrobrás foram até a ETA, verificar o transformador, encontraram o local coberto por vegetação alta, trancado com um cadeado que ninguém sabia onde estava a chave. "Os técnicos tiveram que pular cerca. É um descaso total", afirmou Paulo Roberto.
Após os casos de falta d"água atualmente em Teresina, o vereador decidiu abraçar esta causa. Outros vereadores têm se juntado a ele para formar uma comissão que deverá investigar as irregularidades da Agespisa. A dívida será mais cuidadosamente contabilizada, e eles conversarão com o governador Wilson Martins para saber quanto poderá ser investido, para que os problemas sejam sanados.