A companhia Air France informou que o Airbus que sumiu sobre o Oceano Atlântico quando ia do Rio de Janeiro a Paris mandou uma mensagem às 2h14 GMT desta segunda-feira (23h14 de domingo em Brasília) avisando sobre uma pane elétrica.
O aviso teria sido mandado depois que a aeronave, um Airbus 330-200, atravessou uma área de tempestade, em que enfrentou forte turbulência.
François Brousse, diretor de Comuninação da empresa, disse em Paris que a hipótese "mais provável" é que a aeronave tenha sido atingida por um raio.
O voo AF 447, que levava 216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a empresa deveria ter pousado às 6h10 (horário de Brasília) no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Anteriormente, a empresa havia informado sobre a presença de 15 tripulantes.
A Air France divulgou nota sobre o acidente e colocou à disposição de familiares um telefone que centraliza informações sobre o acidente:
0800 881 2020 para o Brasil
0800 800 812 para a França,
e + 33 1 57 02 10 55 para outros países
Buscas
A aeronáutica já começou as buscas pelo avião. Segundo o assessor de imprensa da Aeronáutica, coronel Henry Munhoz, as buscas foram iniciadas ao nascer do sol. ?Aeronaves da Força Aérea Brasileira, a partir de Fernando de Noronha, no sentido de Paris, buscam a aeronave desaparecida?, disse Munhoz.
Segundo o coronel, o avião não foi detectado nos radares da Ilha do Sal, que fica no meio do caminho entre Brasil e Europa. ?Em consequência disso, a Força Aérea Brasileira foi acionada durante a madrugada para que as buscas fossem iniciadas com o nascer do sol.?
O assessor da Aeronáutica explica que o departamento de controle do espaço aéreo tem uma cobertura que corresponde a três vezes a dimensão do Brasil. Boa parte do Oceano Atlântico está sob a responsabilidade do país, de acordo com tratados internacionais. Portanto, as buscas estão a cargo do país.
A Air France confirmou à agência France Presse que "não tinha notícias" do voo. Parentes de passageiros estavam sendo encaminhados para uma área especial do aeroporto Charles de Gaulle.
O ministro francês do Desenvolvimento, Jean-Louis Borloo, disse em entrevista à radio France Info que, infelizmente, deve-se esperar pelo "mais trágico cenário", uma vez que a reserva de combustível do avião já deve ter acabado. Ele também descartou a possibilidade de sequestro e disse que o mais provável é que tenha havido um acidente.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu ao governo que "faça todo o possível" para encontrar pistas do avião, segundo comunicado emitido pelo Palácio do Eliseu. O governo montou uma "célula de crise" no aeroporto para acompanhar o caso.