A partir de janeiro, mulheres brasileiras podem se alistar voluntariamente no Serviço Militar Inicial Feminino (SMIF), medida autorizada por Lula em agosto de 2024. O recrutamento é destinado às mulheres nascidas em 2007, que completam 18 anos neste ano, e vai até 30 de junho.
O alistamento pode ser feito presencialmente nas Juntas de Serviço Militar ou pelo site oficial, com vagas disponíveis na Marinha, Exército e Aeronáutica.
A seleção das candidatas inclui entrevista, inspeção de saúde e testes físicos. O serviço militar feminino estará disponível em 29 municípios, incluindo 13 capitais, com 1.500 vagas para incorporação em 2026.
O Exército espera aumentar gradualmente o número de vagas conforme mais organizações militares aderirem ao recrutamento. Atualmente, as mulheres representam 10% do efetivo das Forças Armadas, totalizando cerca de 37 mil militares.
O ingresso pode ser feito como oficiais ou sargentos de carreira por concurso público, ou como oficiais e sargentos temporárias (por até oito anos) através de seleção das regiões militares. Para os homens, o alistamento é obrigatório a partir dos 18 anos, conforme a Constituição.
SERVIÇO MILITAR
O serviço militar feminino voluntário não garante estabilidade, com duração inicial de cerca de 12 meses, podendo ser prorrogado anualmente por até oito anos. As mulheres incorporadas terão direito a remuneração, auxílio-alimentação, contagem de tempo para aposentadoria e licença-maternidade.
O treinamento físico será equivalente ao dos homens, com critérios específicos para cada Força. Após a incorporação, as mulheres poderão também fazer cursos de capacitação profissional em diversas áreas.
Após o período na ativa, as mulheres receberão o Certificado de Reservista e a Certidão de Tempo de Serviço. De acordo com o Exército, em caso de mobilização, elas poderão ser convocadas, assim como os homens, conforme a Lei do Serviço Militar e decretos relacionados.