A estudante de 15 anos que teve o rosto retalhado dentro de sala de aula, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, disse nesta quarta-feira (13), em entrevista, que era amiga da menina que a agrediu. De acordo com a jovem, elas costumavam andar juntas e trocavam confidências, mas, há três meses, a agressora parou de falar com ela e com os amigos repentinamente, sem nenhum motivo aparente.
? Há uns três meses ela parou de falar e com nossos amigos do nada e nunca mais voltou a falar com a gente.
A confusão aconteceu na segunda-feira (11), após a jovem de 15 anos ter curtido um comentário em uma rede social que dizia ?com tanta gente falsa no mundo, o raio tem que cair logo na árvore?.
? Eu curti o comentário e no dia seguinte começou toda a confusão. Não tinha professor dentro de sala. Só tinha eu, a agressora e mais duas meninas. Uma delas me socorreu e ficou comigo o tempo todo, porque não tinha ninguém da direção na escola.
A jovem diz que chorou muito quando viu as marcas no rosto, mas foi tranquilizada pelo médico quando chegou ao hospital.
? Eu chorei muito quando eu coloquei a mão no rosto e vi que estava cortado. Fiquei muito preocupada. Mas no hospital o médico disse que os pontos ficaram muito finos e não vou ficar com cicatriz.
Adélio Arruda, pai da vítima, disse que perdoou a agressora da filha, mas que diz acreditar que a jovem queria matar sua filha.
? Eu acho que não tem porque não perdoar. Mas eu discordo da decisão da delegada que disse que é uma lesão corporal grave. Pra mim foi uma tentativa de homicídio, porque uma pessoa que quer apenas ferir, não levaria uma lâmina, não faria o que ela fez. O ferimento já diz. A única que me incomoda hoje é ela ter feito o que fez e não ter sido punida de nenhuma forma.
Veja a entrevista: