Sob desconfiança o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tenta retomar a normalidade depois da suspensão da prova que deveria ter acontecido no último final de semana. A perspectiva é que a prova, para a qual serão escolhidos 100% dos alunos do Instituto Federal do Piauí (IFPI) e 50% dos alunos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) aconteça no próximo mês. Os estudantes reclamam do adiamento porque já estavam preparados para a prova.
Neilane Vieira, que vai tentar o Enem este ano, afirma que a mudança de data prejudicou sua preparação para o exame. "Não achei nada legal porque já tinha me preparado psicologicamente para enfrentar alguma dificuldade que viesse ter na prova", comenta. A nova data da prova deve ser definida até a próxima quarta-feira, mas o Ministério da Educação (MEC) já confirmou que o Enem vai acontecer em novembro, tempo para as provas chegarem a todo o Brasil.
Para evitar novas falhas é estudado até o uso da Força Nacional de Segurança Pública na proteção do material impresso e o cancelamento do contrato com o consórcio responsável pela logística da prova. "Vi também que ela tem varios processos de irregularidades sobre outros concursos", comentou a estudante Neilane sobre as denúncias contra as empresas que fazem parte do consórcio responsável pelo Enem. O que emperra a escolha da nova data são os vestibulares das instituições participantes, já que nem todas adotam o Enem da mesma forma.
"Hoje teremos uma reunião muito importante com o Ministério da Justiça, na qual poderemos concluir nosso diagnóstico e apresentar, amanhã, um calendário para a prova", afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad à Agência Brasil. As provas do Enem seriam aplicadas neste fim de semana para cerca de 4,5 milhões de candidatos, em 113.857 salas de 10.385 escolas diferentes. No Piauí seriam aproximadamente 80 mil alunos que fariam a prova em 32 cidades. (C.R.)