O sentimento do povo piauiense em relação ao estado é de orgulho. Pesquisa do Instituto Amostragem para o Grupo Meio Norte de Comunicação realizada no mês de maio deste ano revela que 90,6% tem orgulho, gostam de viver no Piauí.
Mas nem sempre foi assim. Em 2002, no início da série história de pesquisas sobre a autoestima do piauiense, a maioria, exatos 52%, tinha vergonha e não gostava de viver no Piauí. Enquanto uma minoria de 48% tinha orgulho e gostava de morar no Estado.
Depois de 20 anos, a autoestima do piauiense deu uma guinada com apenas 3,1% continuando a ter vergonha e sem gostar de viver no Piauí. Enquanto um novo ânimo tomou conta de 90,6% da população que tem orgulho de onde vive, do que o estado se tornou, de fazer parte do Piauí.
O conceito de autoestima remete a valoração intrínseca que o indivíduo faz em diferentes situações da vida a partir de um conjunto de valores. E quais são os valores que engrenaram essa escalada na autoestima do piauiense? Não existe mágica. O resultado foi alcançado com um trabalho inovador realizado na educação, saúde, emprego, melhoria da renda, sedimentado em empreendimentos econômicos importantes que deram, como nunca antes, orgulho ao piauiense que deixou de morar no estado mais pobre do País.
O Piauí não tem nenhum município na lista das 50 cidades mais pobres do Brasil. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atestou no mês passado que o estado deixou o mapa da pobreza do País. O ranking leva em conta a renda per capita, ou seja, o resultado da divisão da riqueza de um lugar pelo número de habitantes. Na prática, a renda do piauiense cresceu e se passou a viver melhor no estado.
A educação como pilar do desenvolvimento
E como mais renda e qualidade de vida chegaram aos piauienses? O primeiro passo foi a educação, uma responsabilidade dos três níveis de governo. No Piauí, os municípios oferecem vagas em creches, pré-escolas e ensino fundamental. O estado prioriza o ensino médio, auxilia as cidades no ensino fundamental, expande o ensino técnico e oferta educação superior. A União organiza o sistema como um todo e regula o ensino superior no Estado.
Um exemplo desse avanço está no bairro Bela Vista, na zona sul de Teresina. A inauguração da reforma do Centro de Educação Integral (Ceti) Padre Joaquim Nonato se deu no último dia do mês de março beneficiando quase 400 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
O local tem tudo que uma escola de tempo integral precisa: ambientes educacionais, área administrativa equipada com computadores e internet, ginásio poliesportivo, laboratórios, salas de música, biblioteca e uma sala de mediação tecnológica, dando oportunidade para quem deseja avançar no Piauí.
A tecnologia é uma aliada da educação. No mesmo dia da entrega do novo Ceti Padre Joaquim Nonato, o então governador Wellington Dias inaugurou mais nove polos da Universidade Aberta do Piauí (Uapi), programa de ensino voltado para o desenvolvimento da modalidade de educação a distância no Piauí.
A novidade mudou a vida e a autoestima da empregada doméstica piauiense Maria de Sousa Oliveira. Ela mora em Piripiri e cursa administração de empresas no Uapi. “Sou empregada doméstica há 26 anos e neste momento estou fazendo uma transição de profissão, saindo da profissão atual e passando a ser administradora. Isso me faz muito feliz e tenho muita gratidão”, contou Maria de Sousa, que tem um emprego encaminhado em uma franquia aberta em Piripiri.
São 641 escolas na Rede Estadual. 255.363 mil alunos matriculados no Ensino Médio. Já são 183 polos da Uapi. Mais 12 campis da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). E ainda 76 escolas de Ensino Profissional e Técnico. Além de iniciativas como o Pré-Enem Seduc e o Programa de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos que integram esse primeiro passo decisivo na construção de uma vida melhor no Piauí.
“A minha vivência no Piauí é a base para o meu trabalho. Eu sei o quanto a educação mudou minha família, desde quando saí de Oeiras para estudar e, por isso, enquanto fui governador, lutei para que ninguém mais precisasse sair de sua cidade para estudar, seja em qual nível de educação esteja. A educação transforma vidas”, falou Wellington Dias.
Piauí lidera combate à Covid-19 no Brasil
No dia 11 de março de 2020, Tedros Adhanom, diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou como pandemia a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) - o mundo estava diante do maior desafio da atual geração: a Covid-19.
Quase dois anos e três meses depois, o Piauí lidera o ranking de vacinação contra a doença no Brasil. O primeiro lugar foi alcançado graças a determinação dos piauienses em se vacinar e a busca incansável pela vacina como saída para vencer a Covid-19.
No Piauí, 93,3% da população tomou a primeira dose, são 3.074.907 vacinas aplicadas; 86,38% recebeu a segunda dose ou dose única somando 2.846.928 vacinas aplicadas; e 48,96% tomou a dose de reforço, ou terceira dose, somando 1.613.499 vacinas aplicadas, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de saúde atualizados na última quarta-feira, dia 01.
A vacinação permitiu a flexibilização das medidas de isolamento social, a retomada econômica, a convivência com a Covid-19. Mas até se chega a esse patamar, a caminhada foi longa. Novos leitos, hospitais de campanha, compra de insumos, contratações de profissionais de saúde, e uma busca incessante pela vacina contra a Covid-19.
E ficou o legado: no último mês de maio, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), aprovou junto à Comissão Intergestora Bipartite do Piauí (CIB-PI) a habilitação de 88 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), que faziam parte do atendimento Covid-19, da Rede Estadual de Saúde.
Os leitos agora integram o quadro definitivo de unidade de terapia intensiva de nove hospitais do Estado. Além disso, foram incorporados 17 leitos de UTI para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), gerido pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), e dez para o Hospital Universitário (HU), gerido pelo Governo Federal. Com isso, foram 115 leitos habilitados, sendo 106 adultos e nove pediátricos no Piauí.
PIB do Piauí cresce acima do Brasil e do Nordeste
O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Piauí, chegou a R$ 52,78 bilhões no atípico anos de 2019. O estado manteve sua performance de crescimento acumulado superior ao do Brasil e do Nordeste ao longo do período de 2010 a 2019.
O PIB per capita estadual atingiu R$ 16.125,00 com uma expansão de R$ 692,95 e uma variação nominal de 4,55% em relação a 2018, quando registrava R$ 15.432,05. O PIB do Brasil atingiu R$ 7,389 trilhões e o PIB do Nordeste R$ 1,047 trilhão, apresentando a mesma variação positiva em volume de 1,2%.
Para alcançar esse crescimento, o Piauí superou alta da inflação, crise política, dificuldade na relação de exportação com a China, questões climáticas que interferiram na produção agrícola, principalmente a soja, nos cerrados do Estado.
O setor de serviços possui peso destacado ao longo dos anos na riqueza do Piauí, mas a indústria também cresceu, dessa vez 1,9%. Com destaque para o desempenho da atividade de Eletricidade, que respondeu por 3,6% do PIB estadual e apresentou variação em volume de 5,3% devido ao aumento da geração e distribuição de energia elétrica no Piauí. Esse crescimento mostra uma aptidão moderna para o desenvolvido do estado, as energias renováveis em rápida evolução no Piauí.
Piauí se destaca em energia limpa gerando emprego e renda
O Brasil é sexto maior produtor de energia eólica do mundo, segundo ranking do Wind Energy Council. O país apresentou terceiro maior crescimento mundial na implementação de usinas eólicas, atrás apenas de China e Estados Unidos.
No país, há 1.187 empreendimentos em operação. A região Nordeste se destaca com mil empreendimentos. E nesse contexto, está inserido o Piauí. O estado é o 3º maior produtor de energia solar e o que mais cresce em investimentos nesta área no Brasil. Também se destaca na 4º maior produção de energia eólica e pioneiro em energia híbrida no País.
Há um ano está em funcionamento o parque eólico Lagoa dos Ventos (716 MW), lançado como o maior parque eólico em operação na América do Sul. A construção da unidade de 716 MW, localizada nos municípios de Lagoa do Barro do Piauí, Queimada Nova e Dom Inocêncio, no estado do Piauí, envolveu um investimento de cerca de R$ 3 bilhões. Um empreendimento que, assim como todos os outros na área, gera emprego e renda para a população do Piauí.
Piauí avança para atingir alto IDH
O Piauí está perto de alcançar a pontuação 0,80 - considerada alta - no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O índice atualmente está em 0,713. Em 2002, no início da série história de pesquisas do Instituto Amostragem sobre a autoestima do piauiense o IDH era 0,52.
O índice mede o grau de desenvolvimento de uma sociedade nos quesitos de educação, saúde e renda, cujo a elevação também faz aumentar a autoestima, como verificado pelo Instituto Amostragem. Com o IDH 0,80, o Piauí conseguirá superar estados como Maranhão, Alagoas, Amapá, Amazonas, Pará, Sergipe e Bahia.
No final do último mês de março, ao deixar o quarto mandato a frente do estado, Wellington Dias destacou o desenvolvimento em todas as áreas em especial na educação e na qualidade de vida, com resultado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
“Quero agradecer a cada homem e a cada mulher que esteve nesse time, realizando esse projeto de desenvolvimento. Vocês são parte de uma geração que trabalha por muito mais do que um contrato de trabalho, mas pelo resultado de um projeto que visa melhorar a vida dos piauienses. Se sintam parte de uma geração vitoriosa, porque esse time fez marca na história do Piauí”, disse Wellington.