A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou como medida de interesse sanitário o monitoramento de pacientes que usam o remédio Tamiflu (fosfato de osetalmivir). A determinação abrange os detentores de registros do medicamento, os serviços de saúde públicos e privados, além dos profissionais. O Tamiflu é a principal forma de tratamento dos casos graves de gripe suína --a gripe A (H1N1).
De acordo com a resolução, publicada nesta quinta-feira no "Diário Oficial da União", o monitoramento do paciente deverá ser feito pelo profissional responsável pelo atendimento ambulatorial e/ou pelo serviço de saúde onde houver internação. Os serviços de saúde deverão definir as rotinas e procedimentos necessários para garantir o contato com o paciente durante todo o período de tratamento.
Os profissionais e serviços de saúde que fizerem atendimento de pacientes tratados com qualquer medicamento com oseltamivir na fórmula deverão incluir, na avaliação clínica, a observação de reações adversas ou que não foram detectadas durante os testes de laboratório. Segundo a Anvisa, a medida visa a combater a situação de pandemia ocasionada por um novo vírus H1N1 que pode aumentar a utilização de antivirais com oseltamivir e, possivelmente, de outros medicamentos, gerando a necessidade de intensificar as ações de vigilância nas farmácias.
Pesquisas Na quarta (26), o Ministério da Saúde anunciou que vai destinar cerca de R$ 5 milhões para financiar pesquisas sobre a efetividade do Tamiflu na redução dos sintomas e da gravidade da gripe suína. O estudo deve ficar pronto em um ano. Outras três pesquisas, sobre fatores de risco, transmissão, gravidade, mortalidade e da validação do insumo produzido no país para o diagnóstico da doença, devem ser apresentadas até o fim do ano. A intenção, segundo o ministério, é validar o produto fabricado no Brasil e nacionalizar a sua produção.