O Hospital Getúlio Vargas (HGV), em comemoração ao dia Mundial do Rim, realizou na quinta-feira (14) dois transplantes renais. A informação foi divulgada pela coordenadora da Clínica Nefrológica, Celina Castelo Branco, na abertura do I Ciclo de Palestras pelo Dia Mundial do Rim realizado pelo HGV. O hospital já realizou quatro transplantes renais este ano.
Dois receptores dos municípios de São Raimundo Nonato e de Picos passaram pelo procedimento. Segundo a médica especialista em transplante renal, Celina Castelo Branco, as pessoas precisam estar atentas aos cuidados com o rim, visto que os males da doença renal são silenciosos.
Durante todo o dia estudantes de enfermagem, nutrição e funcionários do hospital receberam um ciclo de palestras e outras atividades para marcar a data. A mobilização também faz um alerta para outras entidades sobre a prevenção e o tratamento da doença renal. Para o coordenador da clínica de nefrologia do HGV, o enfermeiro Jarbas Alves, o encontro serviu para alertar a população sobre a prevenção.
“Queremos divulgar sobre as causas das doenças renais à população. O transplante renal ainda não se iguala à cura, mas é o procedimento que proporciona melhor qualidade a vida ao paciente. É importante lembrar que é através do transplante que se evita a insuficiência renal crônica e com elas as hemodiálises”, comentou o enfermeiro.
O Brasil tem 32.716 pacientes cadastrados em lista de espera para um transplante dos seguintes órgãos: rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas e córnea, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Em 2018, o Piauí possuía cerca de 172 pacientes adultos na lista de espera para transplante de rim.
De acordo com o coordenador da Organização de Procura de órgãos do estado (OPO), Gilson Cantuário, o Piauí tem mais de 5 mil pacientes renais e menos de 10% estão aptos para os transplantes
“O HGV é o único hospital público do Estado que realiza transplantes de pacientes falecidos para vivos e apenas um hospital privado faz transplante entre intervivos. A doença renal tem vários tratamentos e hoje chamamos atenção para a questão do transplante renal. Necessitamos que a sociedade se envolva mais com a doação de órgão, visto que as famílias têm uma recusa muito grande quanto à doação e para quem está na lista de espera isso é muito ruim. Cada um pode ser um doador e diminuir a mortandade da doença por falta de um transplante”, salientou Gilson.
Atendimento
A Clínica Nefrológica do HGV atende cerca de 50 pacientes renais crônicos em Programa de Hemodiálise e seis em diálise peritoneal. A clínica também faz acompanhamento a 280 transplantados de rim com atendimento ambulatorial e internação. (V.P.)