Após acidente, Air France abre auditoria externa sobre segurança

O Airbus 330 da Air France caiu no Atlântico em 1º de junho com 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo

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 A Air France abrirá uma auditoria externa sobre a segurança dos voos, anunciaram fontes da companhia aérea francesa. De acordo com uma porta-voz da Air France, "a empresa vai organizar uma missão de perícia externa sobre a segurança em consequência do acidente do voo Rio-Paris".

"Decidimos aprofundar ainda mais nossa análise e revisar todos os processos e todas as operações que afetam a segurança de nossos voos", afirma uma carta destinada aos pilotos da Air France. "A missão será composta por reconhecidos especialistas, independentes e de dimensão internacional para combinar as culturas francesa e internacionais", completa o texto. Também participará um membro da companhia aérea americana Delta Airlines, parceira comercial da Air France. O Airbus 330 da Air France caiu no Atlântico em 1º de junho com 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo, sendo 72 franceses e 58 brasileiros.

Apenas 50 corpos foram resgatados pela Marinha brasileira. As causas do acidente permanecem desconhecidos, segundo o BEA (Escritório de Investigações e Análises), organismo francês encarregado de investigar os acidentes aéreos, mas as sondas Pitot (sensores) estão na mira dos investigadores.

O Sindicato de Pilotos, majoritário na Air France, se declarou satisfeito com auditoria externa, mas advertiu que é preciso garantir a adoção das melhorias sugeridas, destacou Erick Derivry, porta-voz do sindicato. Atestado Na próxima semana, representantes da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo AF 447 irão a Brasília para pedir agilidade na entrega dos atestados de óbitos das vítimas brasileiras que não tiveram os corpos localizados.

"Quando o corpo não é encontrado, pelos trâmites normais demoraria dois anos para conseguir o atestado, mas como o acidente foi de conhecimento mundial e não existe a possibilidade de existirem sobreviventes, vamos pedir mais rapidez", afirmou Nelson Marinho, presidente da associação, que representa familiares de mais 30 vítimas brasileiras. Ele perdeu um filho na tragédia. Marinho reclama ainda que o Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês) passa poucas informações às famílias sobre a apuração do caso. "Eu quero informações, quero encontrar um culpado, já que perdi meu filho", disse.

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