STF deixa de contratar irmão de advogada do PCC após alerta

A decisão de evitar a nomeação do profissional para um cargo de confiança

o ministro avisou seu colega na Corte, que desistiu da contratação | Reprodução Internet
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Depois de ser alertado pelo Ministério Público Estadual de São Paulo, o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a contratação de um assessor que era irmão de uma advogada de chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão de evitar a nomeação do profissional para um cargo de confiança no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski foi tomada porque o promotores de São Paulo temiam que a facção criminosa tivesse a intenção de infiltrar uma pessoa na Corte. Conforme escutas telefônicas feitas em agosto de 2010 durante a maior investigação já realizada contra o PCC em todo o País, a advogada de Daniel Vinicius Canônico, o Cego, um dos chefes da facção, disse para ele que o irmão dela trabalharia como assessor de Lewandowski e que isso poderia facilitar em processos. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.

"Meu irmão foi chamado para trabalhar com um ministro, o Lewandowski, aí estava pensando nisso hoje, pra juntar vários pedidos (de progressão de regime) que foram negados, levar pra Brasília e conversar com um ministro, vou ver se consigo", afirmou a advogada no grampo. Assim que souberam, os promotores procuraram o então presidente do STF, Cezar Peluso. Segundo esses promotores, o ministro avisou seu colega na Corte, que desistiu da contratação. "Passei por tanta coisa no Supremo que não me recordo de tudo", disse Peluso ao jornal. Lewandowski informou, por meio de sua assessoria, que a contratação do profissional não ocorreu.

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