Jô Soares, amigos e familiares se reuniram neste sábado, 1º, para se despedir do filho do apresentador, Rafael Soares, morto na sexta-feira, 31, aos 50 anos. Após o velório, que aconteceu no Memorial do Carmo, na Zona Portuária do Rio, Jô falou com a imprensa que estava no local.
"É uma coisa muito sofrida, evidente, mas uma morte anunciada. Há um ano e meio que a gente já sabia. Ele teve a benção de ser um menino de 50 anos, porque era autista, que conseguiu trazer para o mundo dele muita gente importante e querida, que fizeram uma homenagem belíssima. Esse menino de 50 anos conseguiu ensinar muito", disse. "Obrigado também pelo respeito que vocês (imprensa) demonstraram nesse momento", completou.
Cerimônia teve a presença de amigos e familiares Muito abalada, Therezinha, mãe de Rafael, chegou na cerimônia às 13h50. Usando óculos escuros e em uma cadeira de rodas, ela não falou com a imprensa. Jô Soares chegou em seguida, usando roupa preta e óculos escuros.
Um amigo da família, que não quis se identificar, ficou emocionado e afirmou que "Therezinha está muito abalada e com o semblante irreconhecível. Já o Jô está triste, porém mais calmo. Ela chora muito. Ele está mais sereno".
Semanas após perder o filho caçula, Pedro Almeida, o escritor Manoel Carlos foi abraçar o amigo Jô Soares e conversou com o site "É uma amizade de 50 anos. Conheci o Rafael pequenininho. Desculpe, hoje não estou em condições de dar entrevista", falou muito emocionado e com a vozeirão baixa.
O maestro Roberto Ferreira, conhecido como "Bigode" na TV Globo, chegou bem cedo na cerimônia, ainda pela manhã. Ele, que mora em Portugal, trabalhou durante 20 anos com Jô Soares.
"É um amigo de longa data. Tenho muito carinho pelo Jô e pela Therezinha. Ela foi uma mãe exemplar e dedicou a vida inteira ao seu filho. Abandonou o mundo para cuidar do Rafa. Foi uma dedicação única. O Jô foi um pai muito cuidadoso também. Fez tudo por esse menino. Lembro das viagens para Miami, da montagem do estúdio de rádio em casa para ele se entreter. Rafael recebeu muito carinho. Ele era como um filho para mim, um menino muito carinhoso e muito inteligente. Adorava a música", contou o maestro.