Atualizada às 18h40
O jornalista Arimateia Azevedo, que é proprietário de Portal AZ, e o professor universitário Francisco de Assis Barreto, que foram presos pela Polícia Civil, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (12), por suspeita de crime de extorsão teriam receberam a quantia de R$ 20 mil de um profissional liberal, que seria um médico de Teresina. A vítima foi extorquida por parte do jornalista que o ameaça publicar notícias negativas a seu respeito, por isso acabou cedendo as chantagens e pagou o valor exigido por Arimateia.
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"Durante as nossas investigações foram constatados indícios desse crime de extorsão por parte do jornalista contra um profissional liberal e na ocasião um professor de história da UESPI teria, a mando do jornalista, se dirigido até o encontro da vitima e teria recebido a quantia de R$ 20 mil reais para que fossem cessadas as publicações sobre sua pessoa no portal de notícias”, afirmou o delegado Laércio Evangelista, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram realizadas nas residências dos dois investigados e na sede do portal de notícias de propriedade do jornalista. Uma prisão foi feita no bairro Todos os Santos e a outra no bairro Piçarreira. De acordo com o delegado Laércio Evangelista, a investigação aponta que o jornalista teria cobrado a quantia de R$ 20 mil ao profissional liberal para que o portal de notícias parasse de divulgar matérias jornalísticas que o prejudicariam.
O médico
De acordo com a decisão, por meio do juiz Valdimir Ferreira, da Central de Inquérito da Comarca da Justiça de Teresina, no dia 22 de fevereiro deste ano, a vítima, Alexandre Andrade de Souza e a testemunha intimada prestaram depoimento na sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado-GRECO, onde relataram que o jornalista publicou em seu portal de notícias “PORTAL AZ”, uma matéria contendo informações a respeito de um problema ocorrido durante um procedimento cirúrgico realizado pela vítima, expondo-a de forma negativa.
“Afirma que, a partir da publicação dessa matéria, José de Arimatéia de Azevedo e Francisco de Assis Barreto teriam passado a extorquir a vítima para obter vantagem financeira, tendo sido a mencionada vítima obrigada a entregar uma quantia de R$20.000,00 (vinte mil reais), para que cessassem com as publicações maldosas, as quais faziam graves acusações contra a mesma”, diz trecho da decisão.
O cirurgião plástico Alexandre Andrade Souza foi alvo de uma ação judicial no Distrito Federal, ajuizada por Emanuela Dourado Rebelo Ferraz, acusado de erro médico. O médico e a paciente fizeram um acordo extrajudicial e pediram a extinção do processo. O cirurgião pagou R$ 90 mil como indenização em janeiro de 2020.
Já Francisco de Assis Barreto, que é professor de história da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), teria ido, a mando do jornalista, encontrar o profissional para receber o dinheiro. "O jornalista já havia sido preso em 2005, usando essa mesma prática delitiva de extorsão. Ele já responde a diversos outros inquéritos criminais, por calúnia, difamação, ameaça e mesmo extorsão", acrescentou o delegado.
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