Asma é doença tratável, mas pode levar à morte

A asma é, na maioria dos casos, leve e geralmente se manifesta através de tosse, falta de ar, sensação de aperto e um chiado no peito

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A asma é uma doença crônica que afeta muitas pessoas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 235 milhões de pessoas do mundo convivem com essa doença. Mas mesmo um problema comum, não deixa de lado o risco que oferece quando atinge um estágio crítico.

No domingo (25), a escritora, roteirista e atriz, Fernanda Young, sofreu uma parada cardíaca após uma crise de asma, e faleceu aos 49 anos de idade.

O caso de Young levanta um alerta para toda população, que a asma também registra elevados  números de óbitos no país. No Brasil, são feitos quase 2.000 mil relatos de mortes por asma, informou o  pneumologista e presidente da Associação Piauiense de Pneumologia e Cirurgia Torácica, Braulio Dyego.

Presidente da Associação Piauiense de Pneumologia e cirurgia torácica alerta para os perigos da asma - Crédito: José Alves Filho

Esse problema não deve ser negligenciado, avalia o pneumologista. "O caso da Fernanda Young é um caso emblemático de asma porque também é muito triste para nós, pneumologistas, ver uma pessoa de 49 anos falecer em decorrência de uma doença potencialmente tratável", conta. 

A asma é, na maioria dos casos, leve e geralmente se manifesta através de tosse, falta de ar, sensação de aperto e um chiado no peito. "Entretanto, em alguns casos, ela pode ser grave e causar sintomas bem mais intensos que os já conhecidos, como, por exemplo, a piora da falta de ar, levando ao quadro de insuficiência respiratória", explica.

A situação necessita, muitas vezes, de um suporte de oxigênio, entubação e ventilação mecânica quando a asma piora e atinge até mesmo um quadro de pneumotórax, que pode causar a falta de oxigênio no cérebro, levando a óbito. 

Bráulio comenta quais são as complicações que acentuam esses riscos. "Os pacientes podem experimentar falta de ar intensa, baixa oxigenação, diminuição da qualidade de vida, redução das atividades do dia a dia", enfatiza.

Os principais fatores que podem levar a um ataque de asma, que o pneumologista chama de um "gatilho" para uma exacerbação de uma crise de asma, são as infecções, por isso orienta a vacinação anual contra esses agentes virais. 

Também deve cuidar da limpeza do ambiente para evitar exposição a determinados alérgenos, como poeira, ácaro, pelos de animais, a irritantes, como fumaça de cigarro, fumaça com fuligem das queimadas e produtos químicos.

Outro aspecto enfatizado pelo médico é a poluição ambiental, que é uma causa muito comum de  exacerbação, principalmente em cidades maiores, sendo assim, ações climáticas, clima muito quente e períodos frios.

"Na verdade, o que a gente pode fazer em relação a isso é sempre educação e o paciente seguir  adequadamente as orientações prescritas pelo médico. Orientamos a vacina anual, contra influenza, vacina a cada 5 anos contra pneumonia, e também diminuir exposição a ácaros, pólen, pelos de animais, poeira, não ter contato com fumaça de cigarro, não fumar é um grande pilar educativo contra sérios riscos", conta.

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