Funcionárias da Caixa Econômica Federal realizaram um protesto na tarde desta quarta-feira (29), em frente à sede da instituição, em Brasília. O ato é ocasionado após denúncias de assédio sexual contra o presidente da estatal, Pedro Guimarães, que foram reveladas na terça-feira (28) pelo site "Metrópoles".
As denúncias contra o aliado do presidente Jair Bolsonaro são investigadas em um inquérito do Ministério Público Federal (MPF), que corre em sigilo. Alguns relatos de vítimas foram divulgados.
A manifestação, organizada pelo sindicato dos trabalhadores, pede a 'saída urgente' de Pedro Guimarães do cargo. Os participantes fazem discursos contra o gestor e entregam flores a funcionárias que entrar ou saem do prédio.
“Estamos todos exigindo a mesma coisa: a demissão imediata dele, não é só afastamento”, diz Maria Gaia, 54 anos, diretora da Federação dos Bancários do Centro-Norte.
''Também é preciso apurar as denúncias, que são de embrulhar o estômago. Ele precisa ser punido para que não tenhamos mais uma situação dessa na nossa empresa”, acrescentou
Segundo outra servidora, de 40 anos, os episódios de assédio atribuídos a Pedro Guimarães eram comuns dentro do banco. “Diante das experiências pessoais que tivemos de assédio moral, é até esperado que venha uma denúncia dessas. O assédio sexual é mais um dos episódios recorrentes dele”, denunciou a mulher que trabalha há 18 anos na Caixa.
'Vida pautada pela ética'
Na abertura do lançamento do Plano Safra 2022/23, Pedro Guimarães agradeceu a presença da esposa, Manuella Pinheiro Guimarães no evento, e frisou que se orgulha de uma “vida inteira pautada pela ética”. Em nenhum momento, ele mancionou as denúncias de assédio sexual.
"Eu quero agradecer a presença de todos vocês, a minha esposa. Acho que de uma maneira muito clara... São quase 20 anos juntos, dois filhos, uma vida inteira pautada pela ética", afirmou.
Bolsonaro escolhe mulher para ser a nova presidente da Caixa
O presidente Jair Bolsonaro decidiu escolher uma mulher para ser a nova presidente da Caixa: Daniella Marques A decisão ocorreu em uma reunião na manhã desta quarta-feira no Planalto. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim.
Considerada o “braço direito” do ministro Paulo Guedes, ela comanda, desde fevereiro de 2022, a Secretaria de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia.
Sexo dentro de carro em Teresina
O jornalista Ricardo Noblat postou em seu perfil no Twitter que um motorista, que é evangélico, de uma locadora de veículos de Teresina presenciou uma cena de sexo explícito de Pedro Guimarães com uma mulher dentro do carro que dirigia.
A jornalista Andréia Said publicou em seu blog, no G1, que as alas política e econômica do Governo Federal concordam que será difícil manter Pedro Guimarães no cargo por causa do escândalo e que ele deve deixar o cargo. Já pessoas mais próximas a Guimarães defendem que ele seja afastado e se explique.