Atendimento aos pacientes com câncer do Maranhão está garantido em Teresina

Os pacientes com câncer, do Maranhão, que faziam tratamento em Teresina, tiveram atendimento cancelado por débito

POLO DE SAÚDE | Defensoria quer manter atendimentos | Foto: JOSÉ ALVES FILHO
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Após manifestação realizada na quinta-feira, 09, por pacientes com câncer advindos do Estado do Maranhão, a Defensoria Pública da União (DPU) vai garantir atendimento às pessoas vítimas dessa grave doença, em Teresina.

No protesto havia cerca de 30 pessoas, entre elas algumas com câncer e bastante debilitadas e que foram recebidas pela DPU, que está preparando documentação para ingressar com ações individualizadas para garantir o atendimento adequado.

Dirce Maria, que mora em Caxias e já teve câncer, hoje faz parte do grupo ?Amigos na Luta contra o Câncer? (AMLUCC) e afirma que todos que estavam presentes foram muito bem recebidos na Defensoria e foram prontamente atendidos.

Antes disso, todos estavam muito abalados e só se tranquilizaram depois das garantias dadas pelos defensores. ?Todos chegaram lá (DPU) psicologicamente arrasados, mas depois ficaram alegres porque foram bem recebidos?, afirma.

Ela avalia que a Prefeitura de Teresina tem razão de cobrar, e que o governo do Maranhão deve pagar. Porém, ela ressalta que apesar disso, ninguém pode ficar sem atendimento médico, principalmente pessoas com câncer.

?Teresina está até com a razão, mas o importante é que a gente tenha a saúde do pessoal. Não interessa quem pagou ou deixou de pagar?, esclarece.

O defensor público Bruno Cervelli recebeu parte dessas pessoas que estão aflitas com o risco de não serem atendidas. Ele garante que ações individualizadas serão propostas na Justiça Federal para assegurar este direito.

Segundo ele, esse problema é antigo e nos outros casos a DPU obteve sucesso com agilidade razoável.

Essa negativa, de acordo com Bruno, já existe há algum tempo e a Defensoria já tem algumas ações em curso. O Judiciário vem concedendo liminares favoráveis aos pacientes, entendendo que essa negativa é injustificável e não tem respaldo legal.

O defensor esclarece que não existe impossibilidade imaterial que impeça o atendimento. O que existe é um impasse financeiro. ?As pessoas não podem morrer por conta de um impasse financeiro?, explica.

Com relação ao andamento dos processos, ele explica que está sendo recolhida a devida documentação para dar entrada na Justiça. ?Ontem a gente iniciou o atendimento porque precisa juntar documentação de cada paciente.

Para a semana que vem a gente espera esperar mais de dez ações dependendo de quão rápido essa pessoas vão providenciar a documentação?, declara Cervelli.

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