Geralmente, a dependência começa pelos tipos leves ou mesmo lícitos, como álcool e cigarro. Em pouco tempo eles estão usando drogas com maior poder destrutivo e se tornando meninos de rua. Essa é apenas uma das constatações da equipe que forma o Consultório de Rua, um projeto desenvolvido pela FMS, Semtcas, Semec, Semjuv, Sesapi, SASC e 2ª Vara da Infância e Juventude.
O trabalho tem como objetivo identificar as crianças e adolescentes de rua que são usuários de drogas. A partir dessa inciativa, surgiu a necessidade de criar uma Casa de Acolhimento Transitório, que deve abrigar as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade por até 10 dias. Depois desse período, os jovens devem ser encaminhados para outros programas assistenciais do município ou Estado. O projeto da Casa já foi aprovado pelo Ministério da Saúde e aguarda apenas a liberação do recurso no valor de R$ 288 mil.
Segundo Cláudia Carvalho, coordenadora do programa Consultório de Rua, as drogas mais consumidas pelos jovens são álcool, cigarro e crack, nesta ordem. ?A chegada dessas crianças e adolescentes à rua está relacionada à falta de acesso à educação, lazer e família. Cada um tem sua justificativa para estar naquela situação?, declara a coordenadora. De acordo com a secretária Graça Amorim, 45 jovens são acompanhados pelo projeto.
A idade varia entre 10 e 18 anos, embora sejam identificados também adultos de até 28 anos. Os pontos de concentração desses meninos de rua são o balão da Tabuleta, o cruzamento da Miguel Rosa com a Gil Martins e a Avenida Nossa Senhora de Fátima.