O desemprego no Brasil nos últimos anos chegou a atingir, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12,7 milhões de pessoas. São 28 milhões de brasileiros que estão sem trabalho ou subempregados. Em meio à crise, muita gente começou a investir em atividades artesanais, por exemplo, como meio de conseguir renda para se manter ou mesmo manter a família.
Em Teresina, essa situação não é diferente do restante do país e muitas pessoas sem oportunidades de emprego estão recorrendo ao mercado informal, e montando seu próprio negócio, para driblar a crise.
A ex-assistente administrativa de uma empresa de mão de obra especializada, Jaqueline Ribeiro, passou de desempregada a ter seu próprio meio de sobrevivência. Ela conta que, em uma oportunidade, ela mesma confeccionou alguns mimos, para a festa de aniversário de seu filho. A partir daí, passou a fazer peças de papel, como caixinhas para acondicionar docinhos, também para festas de família. Mas foi quando ela ficou desempregada que percebeu que seus mimos poderiam lhe render um bom investimento.
Embora ela esteja no mercado teresinense há pouco tempo, já percebeu que deve e vai continuar produzindo peças para eventos, como aniversários, casamentos, batizados e outras festividades. Seu diferencial é que tudo é feito sob encomenda. "Minhas peças são personalizadas, o que vai depender do tema de cada festa, por isso tem que ser tudo sob encomenda e de acordo com o gosto do cliente", relata.
Segundo Jaqueline Ribeiro, o negócio vai de vento em popa, e apesar de ainda ser pequeno, pelo fato de estar no início, ela acredita que seu investimento só tende a crescer. Atualmente, a propaganda funciona através do facebook, do instagram e do boca a boca. "Pretendo investir ainda mais. Por enquanto, meu trabalho é totalmente manual, mas quero comprar uma máquina de corte de papel, para agilizar e facilitar meu trabalho", diz a empreendedora, acrescentando que pretende viver de sua produção artesanal, porque, segundo ela, o que não faltam são eventos, em toda a cidade.
Atividades extras complementam a renda
Mesmo trabalhando como enfermeira, a jovem Jéssica Monalisa montou seu próprio negócio como artesã, para ajudar na renda familiar. Ela enfatiza que leva a sério os dois trabalhos com a mesma importância, e quando está de folga da Enfermagem, ela se dedica à produção de peças como chaveiros, pulseiras, capa para celular, camisas, agendas, chinelos, xícaras, entre outros produtos, tudo devidamente personalizado ou de acordo com o gosto do cliente.
Jéssica Ribeiro frisa que o mercado para esse tipo de atividade em Teresina é promissor. "É um mercado que está sempre em ascensão. As pessoas sempre vão querer ter produtos diferentes e personalizados. Até o momento, a procura e as vendas têm sido boas", diz a empreendedora, que quer continuar no ramo e ver seu investimento crescer a ponto de se transformar em uma empresa.
A jovem conta que sua clientela varia de recém-nascidos a pessoas idosas e que atender bem faz parte do crescimento de qualquer ramo de atividade.