'Ato de resistência', diz viúva de Marielle na Parada LGBT de SP

Mônica disse que Brasil é um dos países que mais mata LGBT

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Viúva da vereadora do PSOL Marielle Franco, assassinada em março em 2018, a arquiteta Mônica Benício fez um pequeno discurso na abertura da 22ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo (3).

Emocionada, Mônica disse que o evento era símbolo da resistência e que continuaria na luta pela defesa dos direitos das pessoas de todas as orientações sexuais.

"Isso aqui é um ato de resistência. O Brasil é um dos países que mais mata a sua população LGBT. E a gente não pode assumir isso, deixar que isso continue desta maneira", disse Mônica.

Durante a abertura, um organizador fez o chamado: "Marielle?". E o público respondeu: "Presente". O chamado pela presença de Marielle nos eventos que relembram a morte dela se tornou usual com o objetivo de relembrar o assassinato e cobrar a punição dos culpados.

O crime ocorreu há mais de 80 dias e, atualmente, deixa mais dúvidas do que respostas, sendo um quebra-cabeça intrincado que a Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro tenta desvendar.

Parada

A 22ª Parada do Orgulho LGBT, neste ano, tem como tema as eleições de 2018. O objetivo, também, é buscar a conscientização do público para analisar as propostas dos candidatos direcionadas ao público LGBT.

Algumas pessoas usam figurinos especiais e se prepararam antecipadamente a fantasia para a festa. Havia fantasias de She-ra e quem veio com bandeiras de diversos países, como Estados Unidos e Brasil.

Ao todo, 18 trios elétricos irão participar da festa, com Anitta e Pabllo Vittar.

Nem o frio e a chuva fraca afastaram o público, que começou a se concentrar no vão do Masp, a partir das 10h, onde fica o "aquecimento" para o desfile. A parada cada vez mais inclui transgêneros, simpatizantes, e pessoas que simpatizam com a causa.

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