O ator Elias Gleizer, morreu aos 81 anos, na tarde deste sábado (16), após fraturar cinco costelas e perfurar o pulmão ao cair de uma escada rolante e estava internado desde a última quarta-feira (06). Ele sofreu complicações que ocasionou a falência circulatória do corpo.
A queda ocorreu quando o ator saiu para ir ao dentista, ao subir a escada rolante para chegar ao consultório, Gleizer caiu, quebrando as costelas e perfurando o pulmão. Desde então ficou internado e no hospital o ator pegou uma pneumonia e infecção hospitalar.
O enterro deve ser no Rio de Janeiro, a confirmar, mas com certeza, apenas a partir do domingo, por ele ser judeu. Sua única irmã, Rosa está vindo de São Paulo para o Rio de Janeiro para resolver as burocracias. Aos 81 anos, Gleizer nunca casou nem teve filhos.
O ator Bruno Gagliasso, que foi seu neto na novela Caminho das Índias, foi o primeiro a postar em seu perfil no Instagram uma foto do ator e a carinhosa mensagem: "Meu avô querido... Chegou a hora de descansar".
Entre 2011 e 2013, o ator havia sido internado por três vezes, devido a complicações de um problema renal crônico, e chegou aos 67 quilos - perdendo mais de 50 dos habituais 120. Ele estava com tudo controlado por diálise.
Em 56 anos de carreira, iniciada na TV Tupi, em 1959, Gleizer participou de mais de 50 novelas, séries e minisséries, sendo seu último trabalho na novela Boogie Oogie, em 2014. Seu tipo bonachão e seu jeito doce sempre renderam muitos personagens do mesmo estilo, incluindo 10 padres, e por isso o carinho da classe, como Bruno Gagliasso em lhe chamar eternamente de "avô". “Eu fiz mais de cinco novelas com crianças. Eu tenho cara de vovô. Mas fiz mais novela de padre. Foram dez padres. Também fiz frei, só não consegui ser bispo”, brincava ele, que iniciou na Globo em 1984, em Livre para Voar, e se destacou também em novelas recentes como Flor do Caribe, em 2013, além de Terra Nostra (1999), Sinhá Moça (2006) e Passione (2010).
Filho de imigrantes judeus poloneses - um sapateiro e uma dona de casa - que fugiram para o Brasil na época da perseguição na Europa, Elias Gleizer nasceu em 1934, em São Paulo, sendo batizado como Ilicz Glejzer. Ele adorava brincar com seu nome. "Quando estou numa repartição pública, na hora da entrega do documento, eles começam: ‘Pedro de Oliveira, Antonio de Souza, Joaquim Gonçalves...’ Quando percebo uma pausa de dois minutos, falo: ‘Sou eu’. Meu nome é Ilicz. Costumo dizer que houve só três Ilicz no mundo: Ilytch Tchaikovsky, Vladimir Ilyich Lênin e Ilicz Gleizer.”