O Ministério Público do Estado do Piauí realizou no auditório da zona Leste, uma Audiência Pública sobre a atual situação da Universidade Estadual do Piauí.
Estavam presentes os representantes da Associação dos Docentes do Ensino Superior da UESPI (ADCESP), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Foram levantadas várias questões acerca da atual situação da Universidade, como o caso dos cursos denegados, que são aqueles que correm o risco de fechar por não possuírem a quantidade mínima de docentes. Além disso, os representantes da UESPI também chamaram atenção para a nomeação dos professores classificados no último concurso e pediram apoio ao Ministério Público a fim de pressionar o Governo do estado nesse sentido.
Segundo dados explanados pelos professores e representantes da ADECESP, a UESPI possui, em todos os campi, um total de 13 cursos com risco de fechamento, sendo 590 disciplinas sem professores e 51 cursos na margem de vencimento do reconhecimento do MEC. A audiência seguiu abrindo espaço para a fala dos representantes e estudantes dos diversos campus da Universidade que também chamaram atenção para as necessidades estruturais dos prédios do interior.
Os classificados no último concurso da UESPI ressaltaram a necessidade da nomeação de novos professores, tendo em vista que alguns cursos da instituição não possuem a quantidade mínima de docentes. A Promotora Gianny Vieira ressaltou a importância de levar essa discussão para o meio da sociedade e afirmou que a solução para os problemas da UESPI passa por essa questão. A Promotora ainda afirmou que o Ministério Público está atento às temáticas da instituição.
Após a explanação dos presentes na audiência pública, o Promotor Fernando Santos pediu que a UESPI envie ao Ministério Público, no prazo de 10 dias, um relatório especificando quais cursos estão prejudicados pela falta de docentes e disse que serão tomadas algumas medidas nesse caso. Será pedida uma reunião com o Governo do estado para buscar a convocação dos classificados e ainda será pedida a realização de um novo concurso público para este ano.
O Promotor finalizou a audiência ressaltando que se os pedidos não forem acatados, o Ministério Público entrará com ação para diminuição das vagas ofertadas na instituição, o que pode implicar no fechamento de alguns cursos, sobretudo no interior do estado.