Aumenta de 10% para 15% o número de dependentes de cigarro no Piauí

Apesar das campanhas de conscientização e leis antifumo, o uso do cigarro ainda é bastante elevado e consequentemente ocasiona milhares de mortes

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Mesmo com as leis antifumo, o número de fumantes ainda é elevado em todo o mundo. A epidemia global mata cerca de 6 milhões de pessoas a cada ano, dos quais mais de 600 mil são não fumantes que morrem pelo tabagismo passivo. Segundo o Ministério da Saúde, 25 milhões de brasileiros ainda fumam e uma porcentagem apreciável é dependente da nicotina.

Os dados da Saúde apontam ainda que o tabagismo é responsável pela morte de, aproximadamente, 200 mil pessoas por ano no país. No Piauí, a prevalência de fumantes teve um acréscimo de 13,3%, em 2010, para 15,3% (2011) na população adulta, com 18 anos ou mais.

A Lei Antifumo, de autoria da vereadora Rosário Bezerra, por exemplo, que proíbe o fumo em locais públicos na capital, muito embora não tenha 100% de eficácia, é uma das que contribuem para a conscientização das pessoas.

De acordo com a coordenadora Estadual de Controle de Tabagismo da Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi), as leis, juntamente com a proibição da publicidade e patrocínio do tabaco, são responsáveis pela redução do número.

?Vinte e três pessoas morrem diariamente devido ao tabagismo no Brasil. Esse dado é assustador, mas a realidade vem sendo mudada aos poucos. Todas as ações que vêm sendo realizadas em prol da saúde das pessoas têm tido bons resultados?, comenta.

Durante a ação comunitária no Shopping da Cidade, no Dia Mundial sem Tabaco, a enfermeira Osinalda Veloso, coordenadora do tratamento contra o tabagismo do Hospital Universitário, explicou que existem mais de 50 doenças relacionadas ao cigarro e o tabagismo é a principal causa dos problemas respiratórios, chegando a causar danos irreversíveis no tecido pulmonar em 45% dos casos.

O cigarro é sempre o vilão, seja causando doenças pelas suas próprias substâncias, como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou baixando a imunidade do fumante, permitindo, assim, que ele contraia tuberculose, infecções pulmonares, fibrose pulmonar, entre outras.

?O cigarro é responsável por 25% das doenças coronarianas, 30% das mortes por causas em geral, 90% das mortes por câncer de pulmão, 85% das mortes por DPOC e 25% das mortes por doenças cérebro-vasculares?, comenta a enfermeira ao ressaltar que o cigarro também influencia a vida social e até profissional dos fumantes.

Uma vez que eles são proibidos de fumar em locais fechados, precisam interromper seu trabalho para procurar um espaço aberto, diminuindo sua produtividade e concentração.

?A lei que proíbe fumar em locais fechados exerceu impactos positivos na redução do número de fumantes. Nos atendimentos realizados no Hospital, a maioria dos atendidos, que tem de 40 a 55 anos, contam que foram começando a deixar o vício por conta de não poderem mais acender o cigarro em qualquer ponto da cidade?, acrescenta. Os interessados em parar de fumar podem procurar o serviço gratuito no HU, através do telefone 3237- 1537.

Na ação, que aconteceu durante toda manhã desta sexta-feira (31), houve distribuição de panfletos educativos, teste de Fargestön, Glicemia, teste com o monoxímetro e divulgação do tratamento ao fumante.

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