Durante o primeiro semestre de 2015, as maternidades da Prefeitura de Teresina, localizadas nos Bairros Satélite, Promorar e Dirceu II, realizaram 2.694 partos. Deste total, 63,5% foram partos normais, percentual maior do que o verificado no mesmo período do ano passado (60,8%). Os dados são do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde.
Em Teresina, o Grupo Condutor do Município (GCM) da Rede Cegonha elaborou, no início do ano, plano com ações em saúde materna e infantil que estão sendo desenvolvidas pelas maternidades e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) municipais.
Segundo Íris Amaral, subcoordenadora do GCM, foram desenvolvidas diversas ações desde que o município aderiu ao programa Rede Cegonha, no ano de 2012. “Nesse período, houve um aumento de 35% no número de partos, nas três maternidades do município. Além disso, ocorreu também a implantação de um modelo mais humanizado, elevando o número de partos normais e garantindo direito ao acompanhante a todas as gestantes”, afirma.
Íris destaca também que a implantação da classificação de risco nas maternidades trouxe melhorias. “Foram estabelecidos critérios que classificam a gestação como de alto risco ou risco habitual. Se for gestação de alto risco, a gestante será encaminhada para fazer o pré-natal e também parir na Maternidade Dona Evangelina Rosa. Se o risco for habitual, a gestante pode fazer o pré-natal na UBS e depois é direcionada para uma das nossas três maternidades”.
Jesus Mousinho, diretora da assistência hospitalar da Fundação Hospitalar de Teresina (FHT), avaliou os resultados.
“Os índices apontam para melhorias nesta área. É importante lembrar que todas as maternidades passaram por adequações para o atendimento que proporcione a humanização”, conta.
A diretora fala ainda sobre as reformas que tem sido feitas para proporcionar a humanização do parto. “Temos ainda duas importantes obras a serem entregues ao município. A reforma da maternidade professor Wall Ferraz, no Dirceu e o Centro de Parto Normal (CPN) no Bairro Buenos Aires, uma importante estrutura que irá assegurar o parto humanizado”, diz.
Milane Correia, que teve o seu primeiro filho no final de setembro na Maternidade Wall Ferraz, gostou do atendimento na rede pública. “Eu tive o meu filho de parto normal porque sempre desejei isso, sabia que a recuperação era mais rápida. Fiquei feliz com o atendimento, achei ótimo, os médicos me deram atenção, não me deixaram sozinha”, conta.
A Rede Cegonha é parte da estratégia nacional do Ministério da Saúde para o atendimento das gestantes em maternidades e UBSs, visando à qualidade na atenção à saúde de mulheres e crianças e a redução da mortalidade.
A estratégia chegou às maternidades da Prefeitura de Teresina em 2012, trazendo novos investimentos e reorganização no trabalho obstétrico e neonatal.