Os bancários piauienses aderiram ao movimento nacional e iniciaram na terça-feira (30) uma greve por tempo indeterminado, durante a ação apenas os caixas de autoatendimento funcionarão.
A categoria pede reajuste salarial de 12,5%, além da garantia de mais segurança, a contratação de pessoal e melhores condições de trabalho. Durante todo o dia os clientes formavam filas nas agências da capital, a espera chegou a durar quatro horas.
Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários, Raimundo Nonato, a greve atende a reivindicações antigas dos profissionais. “Muitos colegas nossos já foram sequestrados e isso é um absurdo, queremos que haja mais policiamento na questão de termos mais liberdade para exercer nosso trabalho”, aponta.
A rotina seria muito desgastante e os prejuízos não abrangeriam apenas os bancários, mas a comunidade como um todo. “Todo dia é fila nas agências, existe a urgência de contratar, do jeito que está não pode continuar”, afirma.
A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não teria atendido aos anseios da classe. “No último sábado (27) nos ofereceram um reajuste de 7,35%, contudo, nosso objetivo não é esse. Continuamos a negociar”, orienta. A iniciativa pegou de surpresa alguns clientes.
“Me prejudica e muito, até já passei vergonha hoje, pois vim retirar um dinheiro aqui para pagar uma conta e quando chego é essa fila. Fora que estou com uma criança de dois meses no colo, fiquei esperando mais de duas horas. Isso é absurdo”, desabafa.
A estudante Naiara Melo teme que os negócios do marido sejam prejudicados por conta da greve. “Ele é microempresário e sempre é necessário estar realizando alguma transação bancária, ou trocar um cheque, e quando tem uma greve fica muito difícil”, conta.
Segundo ela a logística é completamente prejudicada. “Agora no final do mês ainda dá para ficar levando, mas ao chegar no início do mês a situação se agrava”, complementa.
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