Após 15 dias de paralisação, os bancários do Piauí, reunidos na noite desta quarta-feira (14/10) em assembleia na sede da entidade, decidiram pelo fim da greve. Nesta quinta-feira, as agências voltam a funcionar norlamente.
Na assembleia, foram mais de duas horas de discussão sobre as pautas específicas por banco. Diante da proposta apresentadas pela Federação Nacional dos Bancos, o Comando Nacional dos Bancários orientou a categoria a aceitar o reajuste de 7,5%, apesar do índice não atender as reivindicações dos bancários.
Sinforma o vice-presidente, João Sales Neto, 59 bancários do Banco do Brasil votaram a favor do fim da greve contra 45; 40 da Caixa Econômica Federal foram a favor e 20 contra, enquanto os empregados do Banco do Nordeste e bancos privados foram unânime em deliberar pelo encerramento da greve. ?Sabemos que o percentual aprovado não contempla, na íntegra, os 11% que estávamos reivindicando, mas o Comando Nacional achou melhor orientar as assembleias no sentido de aprovar os 7,5%?, explica Sales.
Com isso, acrescenta o sindicalista, o piso salarial dos empregados dos bancos privados será de R$ 1.250,00 e do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, de R$ 1.600,00.
O presidente do SEEBF/PI, José Ulisses de Oliveira, avaliou a greve positivamente, sendo esta a maior paralisação da categoria nos últimos 20 anos. ?Como não houve avanços nas negociações, recebemos a orientação para aceitar os 7,5%?, frisa, comentando que a categoria - tanto na capital quanto no interior do Piauí - está de parabéns mais uma vez por ter participado do movimento de forma organizada e unida.
Para finalizar, João Sales esclarece ainda que a população pode ficar despreocupada com relação aos títulos cujas dastas de vencimento foram durante os dias de greve. ?Esses clientes podem procurar as agências e os bancos não poderão cobrar juros em cima dos atrasos de vencimentos? , garante.