Bancários se reúnem hoje em assembleia e prometem ampliar mais ainda paralisação

Sindicalistas deixam no ar a possibilidade de negociação.

Greve dos bancários começou essa semana. | Reprodução
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Os bancários vão se reunir as 14h desta sexta-feira (21) no intuito de ampliar a greve iniciada na terça-feira (18), segundo a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). Desde o início da greve até agora, o número de agências bancárias fechadas no País cresceu cerca de 66%.

Apesar de nenhum posicionamento da Fenaban (Federação Nacional de Bancos), os sindicalistas deixam no ar a possibilidade de negociação, conforme o depoimento do presidente da confederação, Carlos Cordeiro.

? Nós mandamos uma carta à Fenaban dizendo que o Comando vai estar reunido amanhã em São Paulo, pois eles podem aproveitar essa data para fazer alguma proposta, caso queiram.

Os grevistas esperam a quebra do silêncio dos banqueiros enquanto a população fica com cada vez menos serviços financeiros disponíveis. No final do primeiro dia da greve, 5.132 agências ficaram paralisadas, de um total de 21.714. Na quarta-feira, 33% das agências já estavam paralisadas. Ontem, 8.527 unidades estavam com as portas fechadas ? cerca de 40% do total.

O avanço do movimento foi superior no ano passado, na mesma base de comparação. Do primeiro dia de greve de 2011 (4.191 agências fechadas) para o terceiro dia (7.672), o volume de agências fechadas havia crescido 83% em 2011. Em 2011, a categoria ficou 21 dias parada.

A última proposta apresentada pelos banqueiros foi de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real.

Antes de iniciar a greve, os bancários realizaram duas assembleias gerais, no dia 12 e no dia 17 deste mês. Segundo informou Cordeiro, a Fenaban não procurou os trabalhadores para nova negociação. A greve continua à espera de uma nova proposta dos banqueiros. Procurada, a Fenaban não quis comentar o movimento grevista.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES