ATUALIZADO ÀS 19:46
O governo de Minas Gerais confirmou na noite desta sexta-feira (25) que sete pessoas morreram após o rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho. Os corpos foram retirados debaixo da lama despejada com os rompimentos.
Equipe do comitê de crise do governo federal, avalia que o desastre pode ter proporções maiores do que o acidente ocorrido há três anos, em Mariana.
"No momento a grande medida é ver sobreviventes, e informar às famílias dos atingidos", afirmou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em nota. O governador está na cidade atingida acompanhado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
De acordo com o governo mineiro, a Vale informou às autoridades que, no momento do desastre, havia 427 empregados da empresa no local. Ao todo, 279 já foram resgatados, e cerca de 150 funcionários são considerados desaparecidos.
Ainda segundo o governo, outras 100 pessoas que estavam ilhadas foram resgatadas, e nove soterrados pela lama foram retirados com vida.
Presidente da mineradora Vale divulga vídeo institucional sobre o acidente:
A Mineradora Vale divulgou no inicio da noite desta sexta-feira (25) um vídeo institucuional onde o diretor e presidente da empresa, Fabio Schwartsman lamenta o ocorrido e afirma que é algo indesculpável.
Confira:
Três barragens se rompem e 200 estão desaparecidos em Brumadinho, em Minas Gerais
No fim da tarde desta sexta-feira (25), o Ministério do Meio Ambiente informou que três barragens se romperam na mina. As barragem da mineradora Vale, se romperam em meio a cidade de Brumadinho, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte.
O Corpo de Bombeiros confirmou em nota que cerca de 200 pessoas estão desaparecidas. No momento do colapso da estrutura, havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos, "indicando a possibilidade, ainda não confirmada, de vítimas", segundo a empresa. Segundo nota do governo de Minas Gerais, duas vítimas do desabamento da barragem, mulheres de 15 e 22 anos, foram socorridas e estão em condição estável e consciente.
Já o Unidade de Pronto Atendimento em Sarzedo, município vizinho de Brumadinho, informou que até o momento recebeu oito feridos, mas não deu detalhes sobre a gravidade.
De acordo com a corporação, 51 militares e seis aeronaves estão sendo utilizados para localizar e auxiliar vítimas da tragédia. As aeronaves também estão ajudando a resgatar pessoas que estão ilhadas por conta da lama.
Às 13h20, o Corpo de Bombeiros confirmou o rompimento da barragem. Os militares junto com o apoio dos agentes da Defesa Civil foram acionados e se dirigiram até a região do Córrego do Feijão. A informação do chamado dos bombeiros dá conta de que trata-se possivelmente de uma barragem de rejeitos e que haveria vítimas.
O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento nesta sexta-feira (25) no qual informou que sobrevoará neste sábado (26) a região em Minas Gerais. Segundo Bolsonaro, após "reavaliação" dos danos, serão discutidas "todas as medidas cabíveis".
"Amanhã [sábado] pela manhã, juntamente com o ministro da Defesa, partiremos para Belo Horizonte e de lá será dada a essa delegação, o governador de Minas, onde sobrevoaremos a região para que possamos, mais uma vez reavaliando os danos, tomar todas as medidas cabíveis para minorar o sofrimento de familiares e possíveis vítimas, bem como a questão ambiental", afirmou.
Mais cedo, nesta sexta, o governo federal anunciou a criação de um gabinete de crise para monitorar as ações em Brumadinho e definir o que pode ser feito.
Numa entrevista concedida a uma rádio de Brumadinho, Bolsonaro afirmou que não quer "começar a culpar os outros", mas acrescentou que "algo está sendo feito errado".
"A questão da mineração, eu não quero começar a culpar os outros pelo que está acontecendo, mas algo está sendo feito errado ao longo dos tempos", afirmou Bolsonaro na entrevista.
Embora Bolsonaro só tenha se referido ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou em seguida que outros ministros podem integrar a comitiva. De acordo com a assessoria de Bolsonaro, a primeira-dama, Michelle, acompanhará o presidente.
De acordo com a Defesa Civil, os moradores que moram na parte mais baixa da cidade serão retirados das casas.
Fotos de populares divulgadas pelo Corpo de Bombeiros mostram a lama. Nas redes sociais, a prefeitura da cidade publicou um alerta para que a população não fique perto do leito Rio Paraopeba.
A Polícia Rodoviária Estadual informou que a MG-040, entre as cidades de Brumadinho e Mário Campos, está totalmente interditada por causa do rompimento da barragem.
Uma força-tarefa do governo de Minas Gerais já está no local do rompimento da barragem em Brumadinho, e há dois helicópteros sobrevoando a região. “O governo de Minas Gerais já designou a formação de um gabinete estratégico de crise para acompanhar de perto as ações”, disse por meio de nota. O secretário de Estado do Meio Ambiente, Germano Vieira, também está indo para o local.
O Instituto Inhotim informou que, por segurança, está evacuando o museu. “Aguardamos informações oficiais sobre o rompimento da barragem”, informou o instituto, por meio de seu perfil na rede social Twitter.
“Aguardamos informações oficiais sobre o rompimento da barragem”, informou o instituto, por meio de seu perfil na rede social Twitter.
Com 14 hectares de visitação, o parque, localizado no próprio município de Brumadinho, conta com um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do país, além de uma coleção de espécies raras de todos os continentes.
A barragem de rejeitos da mineradora Vale na Mina do Feijão se rompeu no início da tarde desta sexta-feira. As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.