O Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI) intensificou, desde o início do ano, o trabalho de monitoramento da estrutura física e de funcionamento das 14 barragens construídas pelo órgão e assegura que, até o momento, as barragens seguem operando de modo satisfatório, não tendo sido constatado nenhum risco.
“Esse trabalho de fiscalização e monitoramento das barragens é contínuo, acontece durante todo o ano, sendo intensificado no período chuvoso devido ao aumento das chuvas em algumas regiões do estado”, diz o diretor de engenharia do IDEPI, Antônio Marcos Silva, ressaltando que a vistoria é feita por uma equipe especializada de engenheiros barragistas, civis e agrimensores, além de geólogos e outros técnicos da área.
“Durante essas inspeções, e quando há necessidade de manutenções preventivas ou corretivas, é feito o encaminhamento dessas demandas para que os trabalhos sejam executados”, explica o engenheiro.
7 barragens estão sangrando
Segundo Antônio Marcos, os últimos dados do monitoramento mostram que sete barragens atingiram o volume de água nos reservatórios e estão sangrando: “Mesa de Pedra, localizada na cidade de Valença do Piauí; Emparedado e Corredores, na cidade de Campo Maior; Bezerro, em José de Freitas; Salinas, em São Francisco do Piauí; Piracuruca, em Piracuruca; e barragem São Vicente, em São Miguel do Tapuio. Todas elas estão localizadas nas regiões Norte e Centro do Estado”, diz.
“O sangradouro de uma barragem entra em operação quando ela atinge sua capacidade de armazenamento máximo, o que é um fator positivo, pois quando isso ocorre, significa que o sangradouro está cumprindo a sua função definida em projeto, que é liberar águas excedentes, permitindo assim que o rio siga seu curso normal”, esclarece o engenheiro do IDEPI.
Se por um lado o Norte e o Centro estão com alto volume de chuvas, o mesmo não acontece em algumas regiões do estado, levando algumas barragens a baixarem o volume do reservatório. É o caso da Barragem Salgadinha, que atingiu o seu “volume morto”, o que compromete a operação do reservatório em algumas cidades, dentre elas, Simões, onde está localizada, que enfrenta problemas com o abastecimento de água por conta dessa situação.
Barragens em obras
O IDEPI está contratando, através de processo licitatório, o projeto de Recuperação da Barragem Piracuruca (Piracuruca) e Salinas (São Francisco do Piauí). Além disso, está em fase final o projeto de recuperação da Barragem Algodões II (Curimatá), que deve abranger a restauração das estruturas da parede da barragem, além da recomposição e recuperação dos equipamentos hidromecânicos, essenciais para a operação da comporta, que foram furtados da sala de máquinas.
Atualmente, das 14 barragens monitoradas pelo IDEPI, apenas a Barragem do Bezerro, em José de Freitas, segue com trabalhos de reparo e manutenção sendo executados, obra que está em fase final e é de responsabilidade da Secretaria Estadual de Defesa Civil. A secretaria também deve executar os reparos necessários na Barragem Emparedado, em Campo Maior, e informou que está convocando a segunda colocada na licitação para dar continuidade aos trabalhos, após o rompimento do contrato com a empresa vencedora.
Além delas, a Barragem de Pedra Redonda, localizada na cidade de Conceição do Canindé, será recuperada em 2022. A obra será custeada por um convênio firmado entre o Governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Regional. Este projeto está em fase final de elaboração e tem recursos garantidos no valor de R$ 11 milhões.
Barragens responsabilidade IDEPI:
1. Salinas – São Francisco do Piauí;
2. Piracuruca – Piracuruca;
3. Algodões II – Curimatá;
4. Pedra Redonda – Conceição do Canindé;
5. Mesa de Pedra – Valença;
6. Corredores – Campo Maior;
7. Emparedado – Campo Maior;
8. Bezerro – José de Freitas;
9. Poços – Itaueiras;
10. Salgadinho – Simões;
11. Estreito – Padre Marcos;
12. Poço Marruás – Patos do Piauí;
13. Petrônio Portela – São Raimundo Nonato;
14. São Vicente – São Miguel do Tapuio