Bebê com Covid morre por suspeita de maus-tratos dos pais em Teresina

De acordo com informações repassadas ao Meionorte.com pelo hospital, o bebê do sexo feminino chegou na unidade com falta de ar, desacordada e muito abaixo do peso.

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Uma criança de apenas dois meses faleceu após dar entrada no Hospital Municipal Dr. Mariano Gayoso Castelo Branco, na Santa Maria da Codipi, na manhã deste domingo (11), com suspeita de Covid-19, que foi confirmada após exames. Além disso, há também a suspeita de maus tratos por parte dos próprios pais. 

De acordo com informações repassadas ao Meionorte.com pelo hospital, o bebê do sexo feminino chegou na unidade com falta de ar e desacordada. “Ela chegou como se tivesse tido uma crise convulsiva. Chegou praticamente sem vida. Foi colhido o teste de Covid-19 e deu positivo”, disse uma fonte do hospital municipal, que preferiu não se identificar. 

Hospital Dr. Mariano Gayoso Castelo Branco (Reprodução)

Ainda segundo ela, o que chamou atenção foi que o bebê estava negligenciado e com baixo peso. “Chamamos o serviço social e na avaliação achamos coisas estranhas. Quando ela chegou debilitada, fizemos o trabalho de revitalizar ela. A mãe não tinha nenhum documento da criança, não era registrada. Conseguimos colher que ela nasceu no Hospital do Buenos Aires. Só assim conseguimos mais informações a respeito dela. Foi praticamente o dia todo nisso. Ela alegou que havia sido assaltada e tido os documentos levados, mas não apresentou um boletim de ocorrência. Não tinha nem cartão de vacina, não tinha nada. Foi tudo estranho. Muito obscuro pra gente. Violência não é só física. Quando olhamos para criança, você via que ela estava negligenciada. Ela tava muito raquítica”, relatou. 

O corpo da criança foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para os exames, também sob a suspeita de fratura em uma de suas costelas. Segundo o Delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista ao Meionorte.com, supostamente a criança possa ter sofrido agressões. Após atender a ocorrência, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Proteção aos Direitos da criança e do Adolescente (DPCA). 

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