O mototaxista Marcel Silva Vieira está inconformado com a morte da filha logo após o nascimento. A criança nasceu na Maternidade Augusta Barros, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, no último dia 3, e morreu ao ser transferida para Goiânia. Para o pai, o parto demorou a ser feito.
Ele conta que a mulher, Mariane dos Santos Mota, de 22 anos, procurou a unidade de saúde seis dias antes da data do parto, mas a equipe médica alegou que ainda não estava na hora de o bebê nascer. "Ele falou que podia ir embora que não estava na hora. Minha mulher disse que estava com dor. Se tivesse feito o parto da minha neném na quarta-feira [25 de setembro], não tinha acontecido nada", lamenta o mototaxista.
Procurada pelo G1, a direção da unidade de saúde alegou que um processo administrativo foi aberto para averiguar se houve falha da equipe responsável pelo parto.
Devido às complicações na cirurgia, Mariane ficou dois dias internada. Ele recebeu alta médica no último dia 5.
Marcel conta que a esposa estava fazendo o devido acompanhamento médico. Um ultrassom feito no sexto mês de gravidez mostra que o bebê estava bem. Conforme o exame, os batimentos cardíacos e movimentos fetais estavam regulares.
A casa de Marcel estava preparada para receber a menina. Sem a filha, ele se comove ao ver o berço e as roupas dela. Ele também revê um vídeo gravado nos últimos dias da gestação, em que é possível ver o quanto a barriga de Mariane se mexia.
certidão de óbito não apontou a causa da morte. No documento consta ?morte a esclarecer?.