Bebê morre e mãe acusa maternidade de negligência: “Deixaram ele morrer”

Para a família, falta de UTI neonatal e ambulância pode ter causado morte.

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Uma família de Aparecida do Rio Doce diz que a falta de vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e de ambulância podem ter causado a morte de um bebê da Maternidade Municipal de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Depois da morte do filho recém-nascido, Sharlene dos Santos não quis continuar no hospital e está muito abalada. ?Era o sonho de uma vida inteira. Eu planejei tudo e deixaram o meu filho morrer?, desespera-se a mãe.

Em Rio verde, não há UTI neonatal na rede pública. A cidade mais próxima que possui esse atendimento é Santa Helena, onde, de acordo com o hospital, só são atendidos pacientes com traumas ortopédicos. Nesse caso, o recém-nascido teria de ser levado para Goiânia.

?Primeiro, não tinha vaga para levá-lo para Goiânia. Quando surgiu a vaga hoje [quarta-feira (31)], às 7h da manhã, não tinha ambulância para transportá-lo?, diz, chorando a dona de casa Maria de Fátima Cabral, sobrinha do pai do bebê.

Os funcionários da maternidade não quiseram gravar entrevista, mas falaram à equipe de reportagem da TV Anhanguera que todas as providências foram tomadas para o caso. O problema, justificaram, foi a falta de ambulância para a transferência do bebê para Goiânia.

?Eu comprei o enxoval do meu filho com guarda-roupa, berço e tudo. Eu não quero mais nada daquilo para que a minha mulher chegue em casa e veja tudo dentro do quarto, sem a criança?, desabafa o pedreiro e pai do bebê, Geocimar Cabral de Freitas.

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