Foi enterrado por volta de 11h50 desta segunda-feira (31) no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, o corpo do bebê de 1 ano e 4 meses que morreu ao cair do quarto andar de um apart-hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O menino Enrico Salazar Padilha passou pelo vão da varanda do quarto do hotel na última sexta-feira (28).
O caso é investigado como crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No sábado (29), a Polícia Civil do Rio interditou os apartamentos vazios do apart-hotel Paradiso, onde o menino morreu.
Os pais da criança não quiseram falar com a imprensa nesta segunda. Desde o incidente, eles ainda não se pronunciaram.
De acordo com amigos da família que compareceram ao enterro, Enrico era o único filho do casal. O bancário Ludovico Xavier, colega de trabalho do pai de Enrico, Roosevelt Tavares, também bancário, contou que tudo aconteceu "em uma questão de segundos". "Eles eram pais muito zelosos. Mal deixavam a gente pegar nele para evitar que pudesse passar gripe", disse Xavier.
A pedagoga Gisele Machado, amiga próxima à família disse que, apesar da tragédia, os pais de Enrico estão equilibrados. "Fica uma grande lição para os pais que estão de férias e para o setor de hotelaria que é preciso de mais cuidado com esses lugares", disse. "Não é uma questão de culpa. Foi uma fração de segundos. Era uma criança que andava, que queria explorar e conhecer as coisas."
Os pais da criança, que moram em Brasília, tinham acabado de chegar ao Rio para comemorar o réveillon.
Segundo o delegado adjunto da 16ª Delegacia de Polícia na Barra da Tijuca, Robson Gomes, o pai contou, em depoimento, que a família subiu até o quarto com o maleiro do hotel e, enquanto ele recebia as malas e pagava o funcionário, a mãe e o bebê ficaram na varanda aguardando. Ainda segundo o relato do pai, o menino teria caído no momento em que a mãe se virou para falar com ele.
De acordo com o delegado, na próxima semana, os responsáveis pelo hotel, pela construção do prédio e pela fiscalização da estrutura do imóvel serão chamados a depor. O objetivo é apurar se o hotel teve alguma responsabilidade no caso.
Em nota, o Condomínio Residencial Paradiso lamentou o ocorrido e informou que vem prestando toda a assistência à familia e está acompanhando de perto a conclusão do inquérito.