Já pensou combater a dengue, zika e chikungunya, arboviroses transmitidas pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, usando o próprio mosquito? A partir de uma biotecnologia que já vem dando certo em São Paulo, Bahia e Tocantins, a expectativa é de implantar a ideia também no Piauí.
O produto, que é uma caixa, ativada adicionando apenas água, produz um mosquito macho que não pica e nem transmite doenças. A função deles é acasalar com as fêmeas, de modo que as fêmeas resultantes desta geração de mosquitos não sobrevivam. Desta forma, as doenças tendem a diminuir drasticamente.
Quem explica isso é Diogo Caldas, investidor da biotecnologia no Piauí.
"Estamos preparando para utilizar em larga escala. Pode ser utilizado tanto no setor público, em municípios, quanto no privado, em empresas, indústrias, condomínios e residências", explica.
Os efeitos são positivos para o sistema de saúde.
"Isso impacta a vida das pessoas e dos municípios porque os hospitais não ficam cheios. Com isso, podem prestar um melhor serviço pra população. Além disso, as pessoas não ficam com sequelas, principalmente da chikungunya, que às vezes as dores podem durar até um ano. Onde foi testado teve uma redução de 90% dos casos", acrescenta o empresário.
Em Piracicaba, município de São Paulo que faz uso da tecnologia, a estratégia eliminou 81% das larvas selvagens. Em consequência, as infecções com arboviroses também reduziram.