Bispos pedem tolerância e defendem reforma política

Em assembleia geral da CNBB, em Aparecida, temas foram abordados.

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A crise política que atinge o país e o acompanhamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foram os temas abordados pelas principais lideranças da Igreja Católica na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na assembleia geral, em Aparecida (SP), os bispos pediram ainda tolerância entre as diferentes opiniões políticas e defenderam a reforma política como saída para superação da crise.

Em um documento entitulado 'Declaração da CNBB sobre o Momento Nacional', a entidade defende a efetiva participação popular no processo político, a resturação da credibilidade das instituições e a autonomia dos poderes.

Os bispos também cobram uma rigorosa apuração das suspeitas de irregularidades e esquemas de corrupação, com julgamento dos acusados e respeito ao direito de defesa dos envolvidos.

Neste cenário, o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha reforçou o papel dos padres e bispos na formação dos fiéis.

"Não podemos só pensar nos grandes casos de corrupção. É importante que cada cidadão brasileiro não permita que a corrupção no dia-a-dia vá acontecendo. Às vezes nas pequenas coisas as pessoas vão se deixando levar. É muito importante valorizar o trabalho do Ministério Público, mas é importante que cada cidadão seja o primeiro a recusar a corrupção.", afirmouo bispo  em entrevista coletiva.

Voto consciente

A orientação dos fiéis para o voto também é uma precupação da Igreja, que defende que os católicos votem em candidatos Ficha Limpa.

"Se cada um valorizasse o próprio voto, procurasse buscar candidatos Ficha Limpa, certamente a Justiça teria menos trabalho. Assim ajudaremos para que não haja acúmulo de trabalho nos tribunais", afirmou.

Manifestações

Sobre os protestos, previstos para este fim de semana, a Igreja considera que os atos contribuem para o fotalecimento da democracia, mas apontam que a polarização de posições atrelada ao forte clima emocional, podem levar a divisões e violência, o que os bispos consideram uma ameaça à paz social.

Para encerrar o documento assinado pela CNBB, as lideranças católicas destacaram que acreditam no diálogo. "Acreditamos no diálogo, na sabedoria do povo e nos discernimento das lideranças em busca de caminhos que garantam a superação da crise", finaliza o texto.

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