Com o período chuvoso, o perigo da dengue se intensifica. Os municípios que ficam na região Centro-Sul do Piauí, Alagoinha do Piauí e Francisco Santos, estão com índice de infestação predial (I.I.P) acima de 4%, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). O relatório detectou que essas duas cidades estão com alto risco de surto para infestação de dengue. Segundo a Sesapi, diferente desses municípios, houve uma redução nos casos de dengue se comparado a 2017 e 2018 em todo o estado.
No Piauí, em 2018, foram registrados 1.864 casos de dengue em 99 municípios. Em 2017, foram 5.241 casos em 129 cidades, uma redução de 65%. Os números sobre os casos de Chikungunya no estado em 2018 acumulou 603 casos em 48 localidades, se comparado com 2017,quando foram registrados 6.253, em 100 municípios, o índice revela uma redução de 90,8%.
Apesar da redução dos casos, os municípios de Alagoinha do Piauí e Francisco Santos devem estar em estado de alerta por ter risco de surto de arboviroses, doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti: Dengue, Chikungunya e o Zica Vírus. O Superintendente de Assistência Social da Sesapi, Hérlon Guimarães, se pronunciou sobre os dados e atenta para o que a população deve fazer nesses casos também no restante do estado.
“Conseguimos uma redução nos casos de dengue e chikungunya. Todos os anos, nossos municípios trabalham no ciclo de infestação do mosquito. A cidade toma suas providências em relação ao que pode e dever ser realizado e a Sesapi está apoiando os municípios. Nesses casos específicos, se deve ser feita a borrifação da área, além de sempre orientarmos a população que tome cuidado em seus ambientes, para que evite o criatório do mosquito”, informou.
Segundo Hérlon, os ambientes domésticos registram 80% do aparecimento de focos do mosquito. “Não podemos baixar a guarda. Devemos manter a vigilância constante para reduzir os casos ainda mais, nos próximos anos. Estamos em alerta, como serviço de vigilância, a todos os municípios do Piauí”.
De acordo com a Sesapi, as chuvas em outubro influenciaram o aumento dos casos nessas cidades. E no período chuvoso, a atenção da população deve ser redobrada. “Não é somente eu que devo fazer, o vizinho também deve agir e que essa consciência continue em toda a população, com a vigilância de terrenos baldios, de acúmulo do lixo e assim possamos reduzir o indicador que nós enquanto estado já sofremos muito em anos atrás”, conclui o superintendente.