Bolsonaro aparece de máscara e espera resultado de exame

O resultado do teste de Bolsonaro está previsto para ser divulgado nesta sexta-feira e, durante a live, o presidente disse que segue no aguardo de mais notícias sobre o próprio estado de saúde.

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O presidente Jair Bolsonaro apareceu vestindo uma máscara de proteção sobre o nariz e a boca nesta quinta-feira, durante mais uma edição da transmissão ao vivo que promove semanalmente no Facebook. Mais cedo, ele se submeteu a um exame para saber se contraiu o vírus assim como o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, diagnosticado com a doença.

O resultado do teste de Bolsonaro está previsto para ser divulgado nesta sexta-feira e, durante a live, o presidente disse que segue no aguardo de mais notícias sobre o próprio estado de saúde. Ao lado de Bolsonaro no vídeo está Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde.

— Eu estou usando máscara porque nessa viagem aos EUA, uma das pessoas que veio comigo no voo, quando desceu em SP, foi fazer os exames habituais e deu positivo coronavirus. Todo mundo que estava no voo, hoje, coletou material de todos nós, ainda não deu o resultado.

Bolsonaro passou a ser monitorado e foi submetido a coleta de sangue para detectar a doença. Wajngarten participou da comitiva da viagem presidencial aos EUA no último fim de semana e esteve com o presidente dos EUA, Donald Trump, em jantar no sábado. O governo brasileiro já comunicou o caso às autoridades norte-americanas. Trump disse que não está preocupado.

Isolado no Palácio da Alvorada, Bolsonaro recomendou que amigos não o visitem até que seja divulgado o resultado do teste.

Mais cedo, o presidente gravou um pronunciamento para ser veiculado em cadeia nacional de rádio e TV nesta quinta-feira.A gravação de quatro minutos vai ao ar nesta quinta-feira, às 20h30m.

Após anunciarem ontem medidas restritivas de circulação e limpeza no Congresso, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, analisam a possibilidade de suspender as atividades no Congresso por causa da pandemia. Váios senadores procuraram Alcolumbre para  comunicar que trabalharão de casa nos próximos dias. Nas conversas, o presidente do Senado avisou que avalia a necessidade em consulta aos protocolos do Ministério da Saúde.

O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) restringiram a  presença do público em sessões de julgamento. O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, suspendeu audiências públicas sobre Marco Civil da Internet e juiz das garantias previstas para as próximas duas semanas.

De acordo com uma resolução do STF, só poderão entrar nos plenários as partes e os advogados dos processos pautados para o dia. Nas audiências públicas, em que são promovidos debates sobre assuntos específicos para auxiliar os ministros nos julgamentos das causas, apenas os inscritos poderão comparecer. Coronavirus.

Discurso oficial em rede nacional

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (12) que as manifestações marcadas para o próximo dia 15 devem ser repensadas diante do cenário de pandemia do coronavírus. Segundo o presidente, os movimentos são "legítimos e espontâneos", mas não se pode colocar em risco a saúde da população em razão da pandemia de coronavírus.

Bolsonaro deu as declarações ao fazer um pronunciamento em rede nacional.

"Há recomendação das autoridades sanitárias para que evitemos grandes concentrações populares. Queremos um povo atuante e zeloso com a coisa pública, mas jamais podemos colocar em risco a saúde da nossa gente", afirmou o presidente.

"Os movimentos espontâneos e legítimos marcados para o dia 15 de março atendem aos interesses da nação. Balizados pela lei e pela ordem, demonstram o amadurecimento da nossa democracia presidencialista e são expressões evidentes de nossa liberdade. Precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, ser repensados. Nossa saúde e de nossos familiares devem ser preservados", acrescentou.

Este é o segundo pronunciamento de Bolsonaro sobre o coronavírus. Na semana passada, o presidente afirmou: "Ainda que o problema possa se agravar, não há motivo para pânico."

Leia a íntegra do pronunciamento do presidente:

Boa noite,

Diante do avanço do coronavírus em muitos países, a Organização Mundial de Saúde, de forma responsável, classificou a situação atual como pandemia. O sistema de saúde brasileiro, como dos demais países, tem um limite de pacientes podem ser atendidos. O governo está atento para manter a evolução do quadro sob controle. É provável, inclusive, que o número de infectados aumente nos próximos dias, sem, no entanto, motivo de qualquer pânico.

Há uma preocupação maior, por motivos óbvios, com os idosos. Há recomendação das autoridades sanitárias para que evitemos grandes concentrações populares. Queremos um povo atuante e zeloso com a coisa pública, mas jamais podemos colocar em risco a saúde da nossa gente.

Os movimentos espontâneos e legítimos marcados para o dia 15 de março atendem aos interesses da nação. Balizados pela lei e pela ordem, demonstram o amadurecimento da nossa democracia presidencialista e são expressões evidentes de nossa liberdade. Precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, ser repensados. Nossa saúde e de nossos familiares devem ser preservadas.

O momento é de união. serenidade e bom senso. Não podemos esquecer, no entanto, que o Brasil mudou. O povo está atento e exige de nós respeito à Constituição e zelo pelo dinheiro público.

Por isso, as motivações da vontade popular continuam vivas e inabaladas.

Que Deus abençoe o nosso Brasil.


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