O presidente da República, Jair Bolsonaro, chegou por volta das 8h20 deste sábado (4) a Santa Catarina. Ele desembarcou no aeroporto de Florianópolis e depois seguiu de helicóptero para sobrevoar uma das regiões mais atingidas pelo "ciclone bomba".
Ao deixar o avião, Bolsonaro usava máscara, conversou com autoridades e tirou fotos. A vice-governadora Daniela Reinehr foi quem representa o Estado na recepção do presidente. Os senadores Dário Berger (MDB), Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL) também acompanharam a comitiva. Após 20 minutos do desembarque, o helicóptero da Força Aérea Brasileira decolou e começou a rota pela Grande Florianópolis, uma das regiões mais atingidas pelo fenômeno climático. O retorno do percurso ocorreu por volta das 9h30.
Ao menos 165 cidades catarinenses tiveram danos registrados com a passagem do "ciclone bomba", que causou ao menos 10 mortes em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Bolsonaro viajou a Santa Catarina para reforçar o apoio na reconstrução e na ajuda humanitária que o governo federal prometeu repassar ao estado.
Apesar da previsão inicial de sobrevoar três regiões do estado, o percurso ocorreu na Grande Florianópolis, nas cidades de Governador Celso Ramos e Tijucas. Ambos municípios foram devastados pelas fortes rajadas de vento e temporais.
A expectativa é que ele faça uma breve reunião com autoridades catarinenses após o voo para explicar como irá ocorrer a liberação de recursos federais que auxiliem no trabalho de reconstrução. O governador Carlos Moisés deve participar por videoconferência, pois está com Covid-19 e em quarentena.
Esta é a terceira visita de Bolsonaro a Santa Catarina como presidente. No ano passado ele esteve em Camboriú, para a abertura do Congresso dos Gideões, em maio, e em Florianópolis para um evento na Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal, em outubro.
'Ciclone bomba' e Defesa Civil Nacional
Na terça-feira (3) um "ciclone bomba" atingiu todas as regiões catarinenses, destelhando casas, derrubando árvores e postes e deixando mais de 1,5 milhão de imóveis sem energia. Nove pessoas morreram, outras nove se feriram e duas estão desaparecidas. A Defesa Civil contabiliza os prejuízos e na quinta-feira o governo estadual decretou calamidade pública.
Já na sexta-feira (3) uma comitiva da Defesa Civil Nacional chegou ao Estado para também sobrevoar as cidades atingidas e analisar os estragos causados pelo fenômeno.
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, visitou alguns dos locais atingidos, como Tijucas, onde três trabalhadores morreram. Ele foi acompanhado pelo chefe da defesa civil de Santa Catarina, João Batista Cordeiro.
O sobrevoo desta sexta-feira passou pelas cidades de Governador Celso Ramos, Tijucas, Ilhota e Balneário Camboriú. Até segunda-feira (6) ele pretende ir em todos os locais atingidos.