O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entregou hoje à Câmara dos Deputados a proposta para a implementação de um novo Bolsa Família com um valor no mínimo 50% superior ao atual. Hoje, o valor médio do Bolsa Família é de R$ 192. O novo valor não foi especificado, mas o presidente já afirmou anteriormente que ele seria de no mínimo R$ 300, mas que tinha intenção de aumentar o valor para até R$ 400.
Segundo Bolsonaro, o novo programa se chamará "Auxílio Brasil". Além da medida provisória para o programa social, o governo vai apresentar ainda hoje uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
"São duas propostas na verdade que chegam no dia de hoje, Agora uma MP e mais tarde uma PEC que basicamente visa dar transparência e responsabilidade aos gastos, incluído o viés social do nosso governo. Sabemos que a pandemia trouxe inflação nos alimentos para o mundo todo. Não podemos deixar desassistidos os mais vulneráveis. Então já está decidido uma proposta mínima de [aumento de] 50% para o Bolsa Família, que agora se chama Auxílio Brasil", disse Bolsonaro.
Também presente na entrega, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que com a PEC dos Precatórios o governo ataca frontalmente o problema dos precatórios e passa a disciplinar a execução do Orçamento. Em rápida fala, Guedes disse ainda que o Estado irá começar a transferir ao povo o que é do povo através das desestatizações.
O ministro não deu detalhes sobre o texto, mas a proposta preparada pelo seu ministério previa a constituição de um fundo alimentado por privatizações, cujos recursos seriam destinados aos mais pobres, à antecipação do pagamento de precatórios e ao pagamento de dívida pública. Segundo Guedes, a PEC é "decisiva" e "traz conexão com programas sociais", assegurando a implementação dos programas.