Bolsonaro segue com dreno,sem previsão de alta e com visitas restritas

Presidente teve aumento da movimentação intestinal. Ainda não há previsão de alta, segundo porta-voz da Presidência.

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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) teve melhora do seu estado de saúde nas últimas 24 horas e começou a receber líquido por via oral, informou o boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein na tarde desta terça-feira (5).

Bolsonaro passou por uma cirurgia para a retirada de uma bolsa de colostomia e refazer a ligação entre o intestino delgado e parte do intestino grosso na segunda-feira (28).

Ainda segundo o boletim desta terça, Bolsonaro segue "evoluindo sem dor, afebril e com redução da coleção líquida no abdômen". [Ele] Apresentou aumento da movimentação intestinal, o que possibilitou o início de injeção de líquido por via oral. Os exames laboratoriais apresentam melhora. O paciente segue com antibióticos e dreno no abdome."

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que "a equipe clínica e cirúrgica ainda não definiu a data da alta". As visitas se mantêm restritas.

Sobre a ingestão de líquidos, o porta-voz explicou: "São copos pequenos de líquido. Tomou um ontem [segunda-feira] e dois hoje. Ele ingere o líquido, e os médicos observam como ele vai se comportar".

De acordo com Rêgo Barros, o presidente continua com sessões de fisioterapia respiratória. Ele não fez caminhadas nesta terça. "As atividades físicas estão restritas à bicicleta ergométrica. Chegou a usar pesos de 1 kg ou 2 kg nos braços no processo de fisioterapia", disse o porta-voz.

"Ele está querendo vencer rapidamente este processo, mas está compreendendo a importância que os passos sejam dados de forma bastante parcimoniosa."

Cronologia da internação:

Segunda-feira (28)

Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. O procedimento terminou após sete horas e ocorreu "com êxito", segundo informou o Palácio do Planalto.

De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, a cirurgia foi realizada "sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue". Foi realizada uma "anastomose do íleo com o cólon transverso", que é a união do intestino delgado com uma parte do intestino grosso. Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.

Terça-feira (29)

Bolsonaro seguiu na UTI do Hospital Albert Einstein após a retirada da bolsa de colostomia. Ele recebeu analgésicos para controle da dor e não apresentou sangramentos ou complicações, ficando sem febre ou sinais de infecção.

Quarta-feira (30)

Bolsonaro reassumiu a Presidência da República e passou a despachar de um escritório que foi montado no mesmo andar onde está internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.

Quinta-feira (31)

O porta-voz da presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro estava tentando se manter sem falar, mas a recomendação médica era difícil de ser acolhida: "O presidente é difícil, ele está falando já. A despeito do médico dizer para ele ficar calado, ele já está falando".

Sexta-feira (1º)

Bolsonaro divulgou um vídeo, em sua conta no Twitter, em que aparece chorando ao assistir a uma dupla cantando "Evidências". O presidente fez sua primeira videoconferência no gabinete provisório montado no hospital. A reunião foi com o ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Heleno.

O boletim médico do dia informou que ele teve boa evolução clínica. "Já apresenta sinais de início dos movimentos intestinais". "Segue com dieta parenteral (endovenosa) exclusiva, sem infecção ou outras complicações. Realiza fisioterapia respiratória e períodos de caminhada fora do quarto. Por ordem médica, o paciente segue com visitas restritas."

Sábado (2)

O presidente teve náuseas e vômito, e os médicos precisaram colocar uma sonda nasogástrica.

Domingo (3)

Jair Bolsonaro continuou usando uma sonda nasogástrica aberta, com evolução clínica estável. De acordo com o boletim médico, o presidente ficou sem dor e sem sinais de infecção.

Bolsonaro foi submetido a uma tomografia de abdome que descartou complicações cirúrgicas. Ele está em jejum oral e nutrição parenteral exclusiva.

Segunda-feira (4)

Bolsonaro teve elevação na temperatura, passou a tomar antibiótico e a alta prevista para quarta-feira (6) foi adiada, segundo o porta-voz Otávio Rêgo Barros. O boletim médico informou que o presidente passou a tomar antibióticos e foram realizados novos exames de imagem. Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local.

O presidente apresentou movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação.

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