Nesta terça-feira (24), bombeiros localizaram o corpo da motorista Andreia Maria de Sousa, de 45 anos, que estava a bordo de uma das carretas que transportava ácido sulfúrico e caiu no Rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Tocantins e Maranhão. A tragédia aconteceu no domingo (22), quando o centro da ponte cedeu, transportando quatro veículos ao rio, dos quais duas transportavam cargas perigosas, incluindo 76 toneladas de ácido sulfúrico.
José de Oliveira Fernandes, marido de Andreia, acompanhou as buscas emocionado, relatando os últimos momentos com sua esposa antes do acidente. Ele contou que, horas antes do desabamento, ele saiu na estrada enquanto ela seguia a viagem e aguardava o concerto de sua carreta. "Nos despedimos e ela seguiu viagem. Disse que gostaria de chegar na divisa do Pará, ontem ainda. Mas infelizmente a viagem dela parou aqui", afirmou.
materiais tóxicos nas carretas submersas
A operação de resgate foi dificultada pela presença de materiais tóxicos nas carretas submersas, como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. As buscas submersas foram suspensas nos primeiros dias e amostras de água foram coletadas para análise. Mergulhadores da Marinha e órgãos ambientais continuam a apurar riscos e buscas, enquanto o Ministério Público Federal realiza investigações sobre os danos ambientais causados pela carga.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está conduzindo uma avaliação das causas do desabamento. O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que um decreto emergencial destinará R$ 100 milhões para a assistência da ponte, com previsão de entrega em 2025. O local foi interditado, e os motoristas estão sendo orientados a seguir rotas alternativas indicadas pelo DNIT.
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