'Bonitão', médico brasileiro é tido como 'doutor milagroso' nos EUA

Guilherme Dabus é um dos melhores neurorradiologistas da atualidade

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Guilherme Dabus, de 38 anos, é um dos mais respeitados neurorradiologistas dos Estados Unidos. Após se mudar para Miami, foi chamado de "miracle doctor" (doutor milagroso) por uma paciente que teve cinco episódios de aneurisma cerebral.   

Após três aneurismas tratados em 2002, a paciente Olivia Hernandez foi diagnosticada dez anos depois no Baptist Hospital com dois novos aneurismas. O sucesso do procedimento endovascular intervencionista minimamente invasivo do Dr. Guilherme fez com que ela escrevesse uma carta editorial ao diário local, Miami Herald. 

Esse homem [Dr. Guilherme Dabus] é um médico milagroso. Ninguém acredita que saí dessa tão rápido e tão bem", escreveu Olivia, com 60 anos na época. "Tantas coisas negativas que ouvimos, queria compartilhar minha história, tão rara. A maioria das pessoas morre de um aneurisma, tive cinco e estou aqui para contar, graças aos grandes médicos de Miami".

Hoje, aos 38 anos, diretor do programa de "fellow" do Miami Cardiac & Vascular Institute e Centro de Neurociência do Baptist Hospital, além de muito querido pelos seus pacientes como dona Olivia, Dr. Guilherme tem vários trabalhos publicados, é muito premiado e um dos mais respeitados neurorradiologistas intervencionistas dos Estados Unidos.  

Ele é um de poucos "proctors" nos Estados Unidos, ou especialistas que orientam colegas num procedimento relativamente novo com "diversor de fluxo", um tipo especial de "stent", desenvolvido para o tratamento de aneurismas cerebrais.

"Com o tempo, você basicamente redireciona o fluxo sanguíneo. Ao invés de entrar no aneurisma, ele continua no vaso sanguíneo, e porque o fluxo sanguíneo diminui, esse aneurisma forma um trombo que faz com que o sangue não entre no aneurisma", explica Dr. Gulherme, que viaja muito pelos Estados Unidos e outros países, inclusive o Brasil, ensinando outros médicos a usar o dispositivo. "São aneurismas geralmente difíceis de tratar. O médico nos Estados Unidos tem que fazer dez casos com supervisão de um especialista antes de poder usar sozinho o dispositivo".

Guilherme pensou em estudar engenharia aeronáutica ou mecânica, mas no primeiro ano colegial no Colégio Dante Alighieri, o paulistano mudou de ideia.  "Meu pai é médico, radiologista também", diz. "Foi minha maior influencia".

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