Os trabalhadores das fábricas de farinha do município de Marcolândia, iniciaram na manhã de terça-feira (03), as manifestações interditando totalmente a BR 316, contra o fechamento das fábricas, deixando passar apenas cargas vivas, perecíveis, transportes com crianças. Tudo começou, quando há 10 dias o Ministério Público foi até as fábricas para fazer uma fiscalização, e averiguaram que os funcionários estavam trabalhando sem carteira assinada. Entretanto, as fábricas de farinha em Marcolândia é uma questão cultural, que acontece a décadas funcionando dessa maneira rústica. As informações são do Piauí em Foco.
Segundo o artigo 29 da lei trabalhista, a carteira de trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Porém, os donos das fábricas alegam que não tem como manter uma folha de funcionários com a carteira assinada e ainda assim manter todos os custos que as fábricas demandam, como o cumprimento do pagamento de impostos. As maiorias das fábricas do município funcionam de maneira arcaica, com o trabalho quase todo sendo feito manualmente.
São centenas de populares, entre eles trabalhadores das fábricas, que não concordaram com o fechamento das fábricas e exigem que voltem ao funcionamento normal, donos das fábricas que não concordaram com os termos estabelecidos pelo Ministério Público do Trabalho, pois eles alegam que é inviável manter as atividades de farinhada com a carga alta de impostos exigidos. A Polícia Militar e Rodoviária também estão presentes para o controle da manifestação no local juntamente com os negociadores para entrar em um acordo. Um senhor apelidado de Pirão, um dos donos de fábricas diz: “A BR só vai ser liberada quando as fábricas de farinha voltarem ao funcionamento normal, quem decide aqui é a população.”