Brasil deve testar plasma de curados em pacientes graves com Covid-19

O plasma teria o potencial de diminuir a gravidade ou, ao menos, encurtar a duração da doença.

| Reprodução
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O Brasil deve fazer estudos usando o plasma, um componente do sangue, de pacientes curados da covid-19 para tratar casos graves da doença, segundo reportou hoje o Jornal Nacional. Um consórcio envolvendo os hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, além da Universidade de São Paulo, espera autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para começar os estudos, segundo o Jornal Nacional. As informações são do UOL.

O plasma teria o potencial de diminuir a gravidade ou, ao menos, encurtar a duração da doença causada pelo coronavírus. Estudos nos EUA, França e Itália O teste clínico com plasma foi aprovado ontem pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. A técnica já está sendo testada em Nova York. A França também iniciou testes com plasma. O anúncio foi feito pela Associação de Hospitais Públicos de Paris (AP-HP), o Instituto Francês de Sangue (EFS) e o Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm). Na Itália, o Hospital Policlínico de Pavia, na Lombardia, também iniciou um tratamento experimental de terapia com plasma.

Anvisa pede cautela 

Em nota técnica publicada na sexta-feira (3), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse que os estudos têm mostrado resultado promissores, mas pediu cautela. "Estudos científicos têm sugerido resultados promissores, porém derivam de análises não controladas e com tamanho limitado de amostras. Ou seja, eles são insuficientes para a comprovação definitiva sobre a eficácia potencial do tratamento, requerendo uma avaliação mais aprofundada na forma de estudos clínicos", disse.

"A Anvisa, por sua vez, orienta que o plasma convalescente seja utilizado em protocolos de pesquisa clínica com os devidos cuidados e controles necessários, sem prejuízo do disposto em legislação específica sobre a autoridade e a conduta médica do profissional prescritor", acrescentou. A agência informa que não precisa aprovar os estudos com plasma, mas disse que eles devem seguir as regras do sistema dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs), da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).

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